02 outubro, 2024

UM PASSEIO NA ZONA


Este texto foi publicado em dezembro/2007 - Alguma coisa mudou?
 

De dois em dois anos somos obrigados a irmos à Zona Eleitoral para anularmos o voto ou elegermos mais um sanguessuga das verbas públicas. Quando o ano eleitoral se aproxima os deputados estaduais e federais e os senadores abandonam seus afazeres, se é que fazem alguma coisa, e voltam para suas bases eleitorais para elegerem seus comparsas.
Assim que começa o ano eleitoral, mesmo sendo proibido fazer campanha antecipada, os nomes dos futuros candidatos  já aparecem nos automóveis e nos outdoors espalhados pelas cidades.
Assim que começa o ano eleitoral, mesmo sendo proibido fazer campanha antecipada, os nomes dos futuros candidatos  já aparecem nos automóveis e nos outdoors espalhados pelas cidades.
Zé das couves.
João da padaria.                                
Fulano da funerária.
Sicrano, filho de uma égua.
E assim por diante.
Faixas homenageando os pais, avós, mães e o raio que os partam já são vistas penduradas com o nome dos futuros candidatos.
E propaganda fora de época é crime, mas somente para os candidatos pobres, porque para os ricos nada é proibido nesse país onde a elite é dona do mundo e do destino das pessoas.
No próximo dia trinta termina o prazo para filiação dos futuros candidatos, mas uma meia dúzia de sacanas já tem seu lugar garantido na legenda que o colocará no cerne do poder. Muitas pessoas pobres aceitam se candidatarem e não passam de meros figurantes que a troco de um afago dos poderosos aceita passar por esse ridículo para aumentar o coeficiente eleitoral que elegerá o mais rico ou o mais esperto.
Não sei se vale a pena votar!
Já que somos obrigados a dar uma passada na zona de dois em dois anos para exercer o famoso "direito de cidadania" poderíamos eleger todas as prostitutas e prostitutos da cidade. Agindo assim provavelmente tenhamos leis mais justas, porque pensando bem, a maioria dos nossos políticos não passa de prostituta que vende sua própria mãe para se perpetuar no poder.
E o que a maioria dos políticos fazem?
Em Brasília, todos são acomodados em mansões, em casas ou apartamentos luxuosos de propriedade do governo se acomodam oitenta e um senadores e quinhentos e três deputados federais. E esses pobres coitados levam uma vida muito dura. 

25 setembro, 2024

DEIXE O AMOR FALAR

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AMOR EM SINTONIA















CARTAS DE AMOR











DEI UM TEMPO































































































































































20 setembro, 2024

TECNOLOGIA, PARA O BEM, OU PARA O MAL?

Milhares de pessoas são lubridiadas e roubadas todos os dias, principalmente  as mais humildes e idosas que não conseguem assimilar os aplicativos que os escraviza.   

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26 agosto, 2024

DEIXE DE SER MAIS UM IDIOTA

     

DEIXE DE SER MAIS UM IDIOTA

Eu gostaria que as pessoas de todas as classes sociais, principalmente as mais pobres deixassem de ser idiotas e parassem de acreditar nos aproveitadores  mentirosos que vendem todos os tipos de jogos virtuais com a falsa promessa de enriquecimento. Será que as empresas que promovem esses malditos jogos e as que os divulgam sabem quantos seres humanos morrem  todos os dias de fome ou acometidos  por uma doença porque mais um viciado ou viciada perderam  o  dinheiro que seria  usado para comprar alimentos e medicamentos?
É claro que não!
Elas querem apenas lucrar cada vez mais mesmo que para isso tenha que morrer milhares de pessoas.
VEJAM O QUE O G-1  PUBLICOU:
Duas mulheres que perderam altos valores em pouco tempo em apostas online contaram ao g1 que fizeram este depoimento para alertar outras pessoas sobre os riscos e as desgraças causadas  pela dependência que destrói milhares de famílias,
"Eu Acordava de madrugada para jogar e sempre ganhava, mas rapidamente a ganância me dominava e eu comecei a perder tudo que tinha. 
Este é apenas um dos muitos relatos de quem tem enfrentado problemas com a dependência em jogos no Brasil. Em uma comunidade online, quase 500 pessoas se reúnem para desabafar e buscar apoio para parar de perder dinheiro e retomar o controle de suas vidas.

  





14 julho, 2024

DESABAFO

Escrevi este texto em julho de 2009 e resolvi publica-lo mais uma  vez para servir de reflexão para quem ainda convive com seus pais e suas mães.

Fico observando os filhos visitarem os pais no Lar Divino Ferreira Braga, um asilo de caridade da Sociedade São Vicente de Paulo na minha cidade. A maioria dos moradores são visitados pelos parentes nos três primeiros meses, mas depois são apenas lembranças e menos um estorvo para serem cuidados dentro de casa. De vez em quando alguns são levados para almoçar nas suas casas, e como presidente do Lar não sei se isto é bom para os moradores porque não deve ser nada agradável ficar remoendo velhas lembranças.
Vejam por que penso assim: Um pai, uma mãe ou um irmão ficam o tempo inteiro sentados olhando para as paredes ou agarrados nas grades das janelas do asilo olhando para a rua como se fossem prisioneiros da amargura, e em um domingo de manhã saem
para almoçar com os irmãos, com os filhos, com a esposa ou marido e com netos ao seu redor, e à tarde são novamente levados para os seus quartos no asilo para voltar a ficar o tempo inteiro sentado olhando para as paredes ou agarrado nas grades das janelas do asilo olhando para a rua como se fosse mais um prisioneiro da amargura.
Hoje travei um longo diálogo com uma amiga advogada que é mais uma adepta da lei contra o asilamento das pessoas. Falamos sobre o Estatuto do Idoso, que no papel nos dá a impressão de que nós da terceira idade viveremos num paraíso. Este estatuto obriga as pessoas cuidarem dos seus parentes, em muitos casos, nada queridos. Os legisladores não levaram em consideração a condição socioeconômica das pessoas que em muitos casos não têm nenhuma condição financeira ou emocional para assumir tal obrigação. e esqueceram também que nenhuma lei conseguirá colocar amor e caridade no coração das pessoas. O estatuto também prevê que: “Todo idoso tem direito a um acompanhante quando estiver hospitalizado” com a alegação de que isso ajudará na recuperação do paciente, mas os hospitais públicos transformaram este direito em obrigação alegando falta de funcionários. Será que os legisladores sabem que a maioria dos acompanhantes são pessoas estranhas contratadas para tal função? Hoje, junho de dois mil e dezenove, a remuneração dos acompanhantes em dois turnos custa aos parentes a quantia de R$ 200,00 por  dia, ou seja, R$ 6.000,00 por mês. Enquanto isso, milhares de técnicos e auxiliares de enfermagem que pagaram caro por um curso na esperança de um emprego estão desempregados enquanto uma grande maioria dos políticos e funcionários públicos corruptos, (existem belas e magnificas exceções), descaradamente desviam as verbas destinadas à saúde para os seus bolsos. Já que estamos falando de saúde e de cuidados, vejamos... Uma pessoa pobre tem condição de cuidar de um parente acamado em casa? Coloque-se no lugar de um assalariado que precisa trabalhar para sustentar sua família. Quando o seu ente querido precisar de acompanhante em um hospital ou de alguém para o acompanha-lo no seu domicílio, este cidadão terá que parar de trabalhar? Quando se tem uma boa condição financeira tudo é muito simples, mas infelizmente a realidade é outra e muito mais perversa, e a crueldade é real. Esta realidade nos mostra filhos e netos explorando seus pais e avós os obrigando a cuidar dos seus netos e bisnetos.
Vamos ser bem práticos: Quantas pessoas você conhece que pode levar um pai, uma mãe ou um irmão com problemas mentais ou outra enfermidade para dentro de suas casas deixando-os ficarem com seus filhos enquanto o casal sai para trabalhar?  
Em sã consciência, nenhuma! E vem os políticos, com a conivência de muitos psiquiatras e psicólogos e fecham as casas de acolhimento para pessoas com problemas mentais com a balela de que é preciso socializá-las. Eu disse acolhimento, não de tortura como eram os antigos Manicômios onde funcionários sem escrúpulos e sem alma recebiam salários para torturar pessoas. Quando fecharam essas instituições agravaram o convívio familiar das pessoas mais pobres que de uma hora para outra tiveram que alterar toda rotina da família. E todos os anos assistimos pessoas que nunca sofreram na pele as tristezas de verem suas casas se transformarem em um hospício indo para as ruas comemorar o dia ANTI MANICOMIAL, que na verdade é contra a internação de pessoas doentes. Precisamos sim, de mais casas para acolher pessoas com problemas mentais. Casas como o Lar Vicentino Divino Ferreira Braga em Betim-Mg, que cuida de cinquenta moradores, na sua grande maioria com algum  distúrbio mental por doença ou por velhice, e que são cuidados com o carinho e respeito que todo ser humano merece e deveria ser cuidado. E que mesmo sendo uma instituição de caridade também paga acompanhante quando um dos seus moradores é internado no hospital público da cidade, porque os empregados que cuidam da casa são insuficientes para esta tarefa. Se as pessoas com algum distúrbio mental não podem ser internadas para tratamento, elas terão que perambular pelas ruas como cachorros sem dono? Se as Instituições de caridade não cuidarem dessas pessoas, o poder público tem  condições de assumir tão sublime responsabilidade?
Filhos cuidando de pais.
Irmãos cuidando de irmãos. 
Netos cuidando dos avós. 
Isto seria viver no paraíso. 
Espero estar enganado, mas esta utopia está longe de ser posta em prática.
Mas eu desabafei.         

29 junho, 2024

UM ASILO DE CARIDADE PODE SER CHAMADO DE LAR?

Quero deixar bem claro que não pedi autorização da diretoria do Lar Vicentino Divino Ferreira Braga para escrever e publicar este texto que escrevi.



Na década de oitenta o jovem confrade da SSVP de Betim - MG, já falecido, Luiz Paulino, reunido com outros jovens vicentinos lançou a ideia de se construir um asilo no local que antes era ocupado por uma Vila Vicentina com vários barracos onde moravam várias pessoas pobres, em sua maioria já idosas. Os jovens ali reunidos gostaram da ideia e imediatamente colocaram a “mão na massa”. Não me lembro se esta ideia foi levada aos conselhos superiores para sua aprovação, ou não, só sei que em pouco tempo, com a ajuda de todos os vicentinos e de muitas pessoas da nossa cidade que também abraçaram a causa, o prédio foi construído, e em 1990 foi inaugurado o asilo Divino Ferreira Braga que levou este nome em homenagem ao antigo pároco da cidade, há muito tempo falecido. Quando o asilo foi construído nós não tínhamos nenhuma preocupação com as leis e com a justiça, queríamos apenas criar um local onde as pessoas idosas carentes pudessem viver tranquilas e com dignidade. E foi assim por um bom tempo! Hoje o Lar Vicentino Divino Ferreira Braga é refém de leis criadas por políticos que só pensam em riqueza e poder, com algumas exceções, e pelo ministério público cujos juízes julgam apenas com a razão. Hoje a SSVP não tem autonomia para abrigar um idoso sem o aval do CRAS (Centro Regional de Assistência social) e estamos assistindo a chegada de pessoas por indicação política e sentimos saudade de quando, para ser acolhido pelo asilo a preferência era dos mais necessitados financeiramente ou maltratados e abandonados pelos familiares. E isto está incomodando muitos confrades e consocias que se sentem traídas e tristes por ter que pedir licença para abrigar alguém na casa que construíram com muita garra e sacrifício. E eu fico mais indignado por ser obrigado a chamar de lar um local onde muitos idosos lúcidos que deveriam vir para viverem com tranquilidade o que lhe resta de vida  e morrerem em paz, e que agora ficam deitados o dia inteiro ou andando de um lado para outro como um zumbi olhando para o vazio e vendo a morte  levar os moradores esqueléticos que enchem as enfermarias. 
Um asilo não deveria ter uma enfermaria, e pelo que me consta elas são alas dos hospitais onde os enfermos são tratados e depois de serem curados voltam para suas casas, mas os que estão aqui no asilo já não têm casas para voltarem. Eu me recuso a chamar de lar um asilo onde, mesmo com todo o carinho e cuidado como são tratados os moradores, muitos são levados para esses lugares para se encontrarem com a morte longe dos seus filhos e netos e de outros parentes. O político que  criou a lei proibindo que se chamem essas casas de asilos, e aqueles que a aprovaram parece que nunca entraram em um asilo de caridade e com certeza se basearam nas instituições da iniciativa privada que cobram de 5.000 a 10. 000 reais, ou mais, por mês para “cuidar” de uma pessoa idosa. Se os políticos quisessem realmente dar uma vida digna para essas  pessoas deveriam criar um espaço que fosse um meio termo entre o hospital e a moradia da pessoa enferma, desde que não seja a sua casa ou um asilo . Se um dia isso acontecer  os asilos não ficarão super lotados  e deixarão de ser um local de velar os que foram colocados ali apenas para se encontrarem com a morte.




FACHADA DO LAR VICENTINO DIVINO FERREIRA BRAGA EM BETIM - MG



RECEPÇÃO: NA PAREDE UM MURAL COM A FOTO DE CADA MORADOR




LOCAL DE CONVIVÊNCIA   E ENFERMARIAS





                                        ENTRADA DOS FUNDOS E ÁREA DE CONVIVÊNCIA
VISTA DOS QUARTOS E ÁREA DE CONVIVÊNCIA 





                                            ARÉA DE ENTRETENIMENTO E BATE PAPO.






28 março, 2024

AGONIA DA INDIFERENÇA

 


Estou sentado na recepção do asilo Divino Ferreira Braga aqui na minha cidade de Betim, Minas Gerais. São quinze horas de um sábado ensolarado e mais um dia sem visitas para quebrar o silêncio que incomoda. Os treze degraus da escada e a pequena passarela de cimento que leva até o portão parecem obstáculos instransponíveis, e o portão fechado mais parece o de uma prisão. Pessoas passam na rua e de vez em quando alguém acena para um morador que fica horas segurando na grade da janela do seu quarto como se fosse um prisioneiro da velhice. A maioria dos moradores sofre de algum distúrbio psíquico e para eles viver é apenas ficar olhando para o vazio, e mesmo nas suas insanidades, muitos sabem a hora certa das refeições e reclamam quando elas atrasam.
A maioria das pessoas olham para os idosos como algo que já não serve mais e muitos esquecem que se não quiserem ficar assim ou vir morar aqui terão que morrer ainda jovens. 
Todos nós iremos envelhecer!
Aqui dentro o silêncio é quebrado pelo som de um rádio que a maioria finge escutar e pelas rusgas entre moradores por qualquer motivo banal.
O barulho da água do aquário parece gritar contrastando com o silêncio dos peixes e dos moradores. 
Muitas vezes nem os velórios são tão silenciosos. 
Tem-se a impressão que o morador fica esperando a morte tomá-lo pela mão para tirá-lo da agonia da indiferença. E assim as horas vão passando e a tristeza parece entranhar nas paredes da casa provocando gemidos de saudade. Os moradores do lar só olham para frente porque tudo  ficou para trás, Casa, filhos e filhas, maridos e esposas, netos e netas, irmãos e irmãs e amigos e amigas são apenas vagas lembranças, muitas vezes amargas e com raríssimos lampejos de doçura. Por coincidência, o telefone tocou e o filho de uma moradora ligou para saber se sua mãe ainda estava viva para vir visita-la. Morando a apenas cem quilômetros de distância não a vê há mais de quatro anos. E de fato, no outro dia ele veio visitá-la, e quando estava saindo eu lhe dei esse texto que acabara de escrever para ele ler na viagem de volta, e pelo que sei até hoje não voltou para uma nova visita.
No entorno do asilo estão instaladas algumas igrejas de todos os credos e os fiéis fingem não ver o asilo e acham que Deus os espera somente nas igrejas e nos templos. Os ministros com suas vestes brancas nem sequer olham para o prédio que é a morada do verdadeiro Cristo e não se lembram do que Ele disse: “Eu estive doente, preso, e me visitastes”.
A tarde vai caindo e os últimos raios do sol vão embora levando junto a esperança de recebermos uma visita. A noite cai e é hora de ir para a cama lutar contra o pensamento que teima em espantar o sono.
.Os dias parecem se repetir e as horas parecem eternas.
Seria tão fácil mudar esta rotina. Aqui fazemos o possível para amenizar a nostalgia que se transforma em tristeza, mas muitas vezes nos sentimos impotentes e tiramos da impotência os estímulos para amenizar a vida de quem desaprendeu a arte de viver.

11 março, 2024

CUIDADO COM A DENGUE

 


Nada me deixa mais irritado do que ver nos noticiários vários políticos pedindo às pessoas das suas cidades à ajudarem no combate à Dengue. É claro que todos tem a obrigação de fazer isso, mas, aqueles  que nos governam fazem o quê?
Ontem andei nas ruas do meu bairro, em sua maioria, esburacadas com muita água empossada do jeitinho que os mosquitos da dengue gostam.  
Conversando  com alguns vizinhos que também ficaram indignados, nos perguntamos... Porque não fazer uma operação tapa buraco em toda a cidade antes  que o vírus se manisfeste? 
Voce que está lendo, conhece algum político que se preocupa com seu eleitor fora dos anos de eleição?
Normalmente a operação tapa buraco só é feita em época de eleição, e no resto do ano, os moradores e principalmente os motoristas,  que se danem. 
Com raríssimas exceções, os políticos se preocupam apenas com o salário e com o poder, e
infelizmente isto acontece em praticamente todas as cidades desse país onde o braço da lei com a sua espada atinge apenas as pessoas pobres, e mais ainda, as pessoas negras.
Muitos dizem que o mosquito é gerado nas periferias e nos bairros mais pobres.
Se formos falar da quantidade de mosquitos que são gerados em casas e empresas de pessoas ricas e em prédios e outras obras do poder público que estão abandonadas, com certeza veríamos que a morte de muitas pessoas inocentes poderia ter sido evitada  

01 março, 2024

UM RESQUÍCIO DE ESPERANÇA

 


A cada dia que passa, mesmo não querendo. bate uma preocupação danada com o futuro desse mundo e dessa geração fone de ouvido movida a aparelhos eletrônicos.
Quando estou fazendo minha caminhada rotineira ouço a sirene da escola anunciando aos alunos que está na hora de entrar para a sala de aula. Enquanto caminho vou encontrando meninos e meninas indo para a escola hipnotizadas pelos celulares e pelos fones e ouvido sem a mínima preocupação com o tempo e com o horário. Alguns e algumas estão acompanhadas por uma pessoa responsável por elas, e muitos vão se arrastando como se estivessem fazendo o maior sacrifício de suas vidas.
Os que não estão acompanhados, visivelmente estão “matando aula” e ficam perambulando pelas praças e ruas até chegar a hora de voltar para casa, agindo como se tivessem frequentado a aula.
Fiquei observando meninos e meninas com suas mochilas nas costas muito longe das escolas, e ao  entrar em um parque público a visão foi a mesma. Lá os jovens são mais ousados, afinal, estão protegidos pelo famoso “poder público” que deveria estar cuidando do bem-estar deles e delas.
Garotas e garotos se esfregando pelos quatro cantos de um parque público no horário de aula, vestidos com um uniforme de uma escola pública, é da responsabilidade de quem? 
Certamente dos pais cuja maioria diz não ter tempo para conversar com seus filhos e jogam a culpa na correria do dia a dia e na necessidade de trabalhar.
Uma olhada rápida nos cadernos pode ser feita a qualquer hora.
Mas isso acontece? 
Quase nunca!
A maioria dos pais sabem que os filhos não estão indo bem nos estudos e jogam a culpa nas escolas e nas professoras para justificar a sua falta de compromisso, e acham que cabe a elas a tarefa de educar seus filhos e filhas.
O papel da escola é preparar os jovens, técnica e intelectualmente para o mercado de trabalho. Educar é função da família, esta instituição cada vez mais fadada ao abandono e ao desparecimento.
Os da minha geração estão se despedindo desse mundo sem ter conseguido resgatar os valores morais e éticos que antes eram marcantes na formação do caráter dos filhos e filhas. 
Será que esta geração de pais e filhos que se formou nos últimos anos está irremediavelmente perdida?
Será que não existe um resquício de esperança?

19 fevereiro, 2024

DESTRUIR TUDO QUE DEUS CRIOU.

 


Parte de uma área remanescente de mata atlântica teria sido desmatada irregularmente em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, para dar lugar a um empreendimento da Igreja Batista da Lagoinha. A denúncia é de membros do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) e de uma organização não governamental. Eles encaminharam a acusação ao Ministério Público e à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Segundo o biólogo, presidente da ONG Kaluana e membro do Copam, Gleyber Carneiro, 20 mil metros quadrados de mata em processo inicial de recuperação foram desmatados e terraplanados, na rua João da Silva Evangelista, no bairro Bom Retiro, no início do mês. Carneiro critica o fato de a prefeitura ter emitido licença de limpeza do lote. “Quem autoriza essa supressão e terraplenagem é o Estado”, afirmou. Gleyber e disse que pedirá, via Copam, a paralisação do projeto e replantio de árvores. Além disso, a gestão ambiental do município será fiscalizada
Fiscalização
Em 5 de dezembro a Polícia Militar de Meio Ambiente foi chamada ao local. Fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente também vistoriaram o terreno e no entanto, nenhum auto de infração foi emitido. A Semad informou que a fiscalização e gestão do local é de responsabilidade do município, por força de convênio, mas enviará uma equipe ao local para uma vistoria.
Em nota, a Prefeitura de Betim informou que o local é uma área urbana e os fiscais não constataram supressão ou terraplenagem no ponto, que já não tinha mata antes do fato. Segundo a prefeitura, foram requisitados vídeos do suposto desmatamento (que teriam sido feitos pelos denunciantes), mas estes não foram apresentados. O caso continua sendo apurado.
O pastor Rodinei Medeiros, representante da Igreja Batista da Lagoinha, nega a derrubada de árvores ou terraplenagem e disse que a compra da área foi de forma legal. “Quando compramos o lugar, era um bota-fora irregular. Não dava para limpar na enxada. Retiramos 198 caminhões de entulhos.
O lugar foi desmatado há muitos anos e cercamos para não jogarem lixo. A acusação é uma perseguição religiosa e interesse de terceiros no terreno”, afirmou