01 março, 2024

UM RESQUÍCIO DE ESPERANÇA

 


A cada dia que passa, mesmo não querendo. bate uma preocupação danada com o futuro desse mundo e dessa geração fone de ouvido movida a aparelhos eletrônicos.
Quando estou fazendo minha caminhada rotineira ouço a sirene da escola anunciando aos alunos que está na hora de entrar para a sala de aula. Enquanto caminho vou encontrando meninos e meninas indo para a escola hipnotizadas pelos celulares e pelos fones e ouvido sem a mínima preocupação com o tempo e com o horário. Alguns e algumas estão acompanhadas por uma pessoa responsável por elas, e muitos vão se arrastando como se estivessem fazendo o maior sacrifício de suas vidas.
Os que não estão acompanhados, visivelmente estão “matando aula” e ficam perambulando pelas praças e ruas até chegar a hora de voltar para casa, agindo como se tivessem frequentado a aula.
Fiquei observando meninos e meninas com suas mochilas nas costas muito longe das escolas, e ao  entrar em um parque público a visão foi a mesma. Lá os jovens são mais ousados, afinal, estão protegidos pelo famoso “poder público” que deveria estar cuidando do bem-estar deles e delas.
Garotas e garotos se esfregando pelos quatro cantos de um parque público no horário de aula, vestidos com um uniforme de uma escola pública, é da responsabilidade de quem? 
Certamente dos pais cuja maioria diz não ter tempo para conversar com seus filhos e jogam a culpa na correria do dia a dia e na necessidade de trabalhar.
Uma olhada rápida nos cadernos pode ser feita a qualquer hora.
Mas isso acontece? 
Quase nunca!
A maioria dos pais sabem que os filhos não estão indo bem nos estudos e jogam a culpa nas escolas e nas professoras para justificar a sua falta de compromisso, e acham que cabe a elas a tarefa de educar seus filhos e filhas.
O papel da escola é preparar os jovens, técnica e intelectualmente para o mercado de trabalho. Educar é função da família, esta instituição cada vez mais fadada ao abandono e ao desparecimento.
Os da minha geração estão se despedindo desse mundo sem ter conseguido resgatar os valores morais e éticos que antes eram marcantes na formação do caráter dos filhos e filhas. 
Será que esta geração de pais e filhos que se formou nos últimos anos está irremediavelmente perdida?
Será que não existe um resquício de esperança?

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