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30 junho, 2017
ESTAS SAUDADES
Hoje, voltando da caminhada de final de tarde, de frente para o pôr-do-sol e vislumbrado com o espetáculo que a natureza me premiava, fiquei a pensar e um misto de nostalgia e de tristeza me envolveram completamente. Lembrei-me da minha infância e juventude quando olhar para o céu era alguma uma coisa mágica que nos encantava e aproximava de Deus. Lembrei de como ficava admirado vendo o revoar dos pássaros que enfeitavam o céu, e que hoje são pequenos sinais de morte da natureza com sua fauna e flora que nos encantava. Lembrei-me do voo majestoso dos Urubus que eram os faxineiros da natureza, e que de perto não eram tão bonitos, mas quando pairavam no firmamento mais pareciam pequenas nuvens negras a me matar de inveja. Hoje, os urubus da era moderna são os pombos que reviram as lixeiras fedorentas dos grandes condomínios e comem o resto de comida que foi jogado fora. Busco na memória a revoada dos pequenos pássaros, Maritacas, Tesouras, Andorinhas, Canários, Sabiás e tantos outros que não me lembro do nome e que são apenas vagas lembranças, que por culpa do “progresso” foram tirados do campo de visão de todos nós pobres mortais. Eu não poderia deixar de falar dos momentos de encantamento olhando o voo rasante dos Gaviões que afugentavam os outros pássaros para bem longe dos nossos olhares. Mas quando olho para o firmamento vejo com tristeza que o sol não se esconde mais atrás das nuvens, porque sua luz foi ofuscada pelos inúmeros prédios que são verdadeiras favelas verticais que é o sonho de consumo e de tristeza de muitas pessoas que agora se veem prisioneiras do concreto armado.
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Olá, querido amigo Geraldo!
ResponderExcluirComo vai? Sua família e seu amado neto Bernardo? Espero k estejam todos felizes e em paz, embora a situação económica e social de seu país o não permita na totalidade, mas temos de pensar positivamente.
Li seu lindo e realista texto, que me pôs a pensar e embora seja mais nova k você, olha que já sinto algumas dessas coisas.
Qdo éramos crianças, brincávamos perto das portas de casa, sem perigos de rapto ou violação, mas agora todo o cuidado É POUCO, INFELIZMENTE.
Agora, tudo está à distância de um click e se fabricam sonhos e ilusões, coisas k têm de ser naturais.
Lembro da canção de Roberto Carlos, sim, e a letra está certíssima. Que futuro têm esses jovens, essas crianças? As famílias estão destruturadas e assim não podem dar educação, regras pra seus filhos.
O ambiente, meu querido amigo, mudou tanto. Tudo está poluído, o clima mudado, enfim, talvez o início do fim.
Beijos para todos vocês e um mto especial para o Bernardo.