29 novembro, 2023

VIVENDO NO ESPAÇO CIBERNÉTICO

 

Se dissesse que sou contra o avanço da tecnologia com certeza eu seria um velho maluco. Mas seu eu disser que passo meus dias curtindo várias postagens e clicando freneticamente para enviar mensagens, eu seria um grande mentiroso.  
Fico observando o comportamento das pessoas, inclusive as da minha família e com tristeza percebo que as relações familiares estão se deteriorando a passos largos porque em muitos lares tem alguém vivendo no espaço cibernético. 
Hoje é muito comum irmos visitar uma família e ficar sabendo que um dos filhos ou filhas estão presos dentro de seus quartos escravizados por uma rede anti-social e por jogos eletrônicos que nada acrescentam em suas vidas.
Estamos vendo crianças, jovens, adultos e muitos idosos sendo escravos de uma geringonça eletrônica que afasta as pessoas e destrói os relacionamentos com a falsa ilusão de que aproxima. 
A amizade que antes unia as pessoas como se fossem irmãos e irmãs foi trocada por um   aparelho eletrônico que faz com que muitos se isolem em uma prisão cibernética e esqueça os momentos de risos e de alegria que realmente nos aproximavam. 
Ligando o rádio ou o televisor nossas casas são constantemente invadidas por imagens, falas e comportamentos que são uma afronta aos bons costumes, e quando não aceitamos ou fazemos alguma crítica somos taxados de preconceituosos. A todo momento nossas famílias são bombardeadas por uma mídia facciosa que interfere na educação das crianças e dos jovens e no comportamento dos adultos incutindo em todos um desejo mórbido de um consumismo exagerado.
E continuo observando o comportamento das pessoas. 
Quando vejo na rua meninos e meninas com seus dezesseis anos ou menos, conversando ao celular e carregando no colo ou empurrando um carrinho com o seu bebê fico me perguntando: Como será o futuro desta criança? O que esses meninos e meninas têm de experiência de vida para passar para este  filho ou filha?  
A maioria dessas crianças serão criadas pelos avós, que na maioria das vezes também não souberam, não quiseram ou simplesmente não tiveram condições financeiras e psicológicas para educarem seus filhos.
O que a maioria dos pais desses jovens tem a nos dizer? 
O que os amantes da tecnologia tem para nos dizer e o que esperar do futuro deste mundo cujos habitantes serão todos movidos a chips e placas eletrônicas?

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Aqui você é muito bem vindo. Seu comentário ajuda na construção desse espaço de liberdade