DESLIGUE O CELULAR
Estou
procurando palavras
para voltar
a falar de amor
mas parece
que minha mente foi programada
para ver,
ouvir, falar, e sentir somente tristeza e dor
Não quero
ver e nem ouvir o que dizem os noticiários
que mostram
somente tragédias e tristezas
quero
deixar minha mente aberta
para o
amor, que me traz alegrias e leveza
De mente,
de corpo, alma e coração
que anseia
por paz e harmonia
quero rir,
brincar, dar e receber afagos
andar de
cabeça erguida,
ser o
embaixador da alegria
Venha, não
ligue o rádio ou a televisão
por favor,
só por um momento, desligue o celular
vamos por
um instante ouvir a voz do silêncio
porque...
precisamos
de paz e sossego para nos entregar
Estou
procurando palavras
para voltar a falar de amor
mas parece que minha mente foi programada
para ver, ouvir, falar, e sentir somente tristeza e dor
Não quero ver e nem ouvir o que dizem os noticiários
que mostram somente tragédias e tristezas
quero deixar minha mente aberta
para o amor, que me traz alegrias e leveza
De mente, de corpo, alma e coração
que anseia por paz e harmonia
quero rir, brincar, dar e receber afagos
andar de cabeça erguida,
ser o embaixador da alegria
Venha, não ligue o rádio ou a televisão
por favor, só por um momento, desligue o celular
vamos por um instante ouvir a voz do silêncio
porque...
precisamos de paz e sossego para nos entregar
para voltar a falar de amor
mas parece que minha mente foi programada
para ver, ouvir, falar, e sentir somente tristeza e dor
Não quero ver e nem ouvir o que dizem os noticiários
que mostram somente tragédias e tristezas
quero deixar minha mente aberta
para o amor, que me traz alegrias e leveza
De mente, de corpo, alma e coração
que anseia por paz e harmonia
quero rir, brincar, dar e receber afagos
andar de cabeça erguida,
ser o embaixador da alegria
Venha, não ligue o rádio ou a televisão
por favor, só por um momento, desligue o celular
vamos por um instante ouvir a voz do silêncio
porque...
precisamos de paz e sossego para nos entregar
INTELIGÊNCIA OU SER HUMANO ARTIFICIAL?
Sou chamado
de ultrapassado por não ter me rendido à tecnologia escravizante. Sou avesso às tecnologias que abafam os
sentimentos e separam muitos jovens e crianças e adultos os tornando
estressados, neuróticos e solitários.
Podemos afirmar sem medo de errar que a maioria das pessoas deixam-se escravizar pelos apelos da propaganda que as induzem ao consumismo exagerado, pelos jogos virtuais violentos e pelas conversas muitas vezes desnecessárias nas redes sociais.
Mas na verdade o que elas querem é se esconderem delas mesmas.
A impressão que se tem é que todos estão “protegidos” dentro de uma bolha e hipnotizados pelas imagens e mensagens que chegam a todo momento ou pelo barulho dos fones de ouvido que fazem muitas delas ficarem surdas.
Não vivo sem meu celular!
Um dia sem internet?
Isto é inadmissível, e o que é pior, não é apenas para o sistema financeiro, para a indústria ou para o comércio.
A grande preocupação é que um dia sem internet pode provocar uma comoção mundial onde milhões de pessoas sofrerão um surto de comportamento sem sombra de dúvida, idêntico à esquizofrenia.
A cada dia que passa o ser humano está perdendo a capacidade de pensar, de amar e de se relacionar uns com os outros. E com esse comportamento estão se afastando cada vez mais deixando bem claro que nem com toda a tecnologia que supostamente veio para melhorar a vida das pessoas, o medo e a solidão são sem dúvida as grandes barreiras a serem superadas. Com a natureza está claro que não existe mais nenhum tipo de relacionamento pois matamos a maioria dos animais, destruímos árvores centenárias, secamos as nascentes, os rios, os lagos, as lagoas, e com certeza, se esta agressão não parar, não vai demorar muito para que os mares e oceanos também deixem de existir.
Isto me preocupa!
E fico pensando...
Será que a nossa vida e a do planeta estão chegando ao fim?
MÁQUINAS NÃO AMAM
Faço parte de uma geração que está se despedindo do mundo e infelizmente tenho a impressão que não estaremos sozinhos na hora do réquiem.
Milhares de pessoas estão matando e morrendo em uma guerra urbana que dizima, principalmente os mais jovens que estão deixando-se dominar pelos aparelhos eletrônicos que os escravizam e pelas drogas que os liquidam.
Em muitos lares cada membro da família fica recolhido em um canto longe uns dos outros para interagir com seus amigos virtuais. E agindo assim esquecem que para ser uma família de verdade é preciso que cada membro seja acolhido com amor e tratado com ternura.
É este acolhimento que está faltando dentro dos lares e desestruturando totalmente o elo familiar.
A tecnologia é mutante e a cada dia surge um novo aparelho e um novo aplicativo e as pessoas vão se deixando programar e se tornam cada vez mais artificiais. A cada geringonça nova que surge o meu coração perde um pouco do seu compasso e a minha consciência me leva a procurar cada vez mais por Deus que está sendo substituído por um chip qualquer.
Estão lançando um novo aplicativo e dizem que é para facilitar a interação entre as pessoas dentro de um bar, de um restaurante, de um shopping, em uma boate ou qualquer lugar de aglomeração.
Os amantes da tecnologia estão achando isto uma maravilha e sentindo-se felizes porque basta cadastrar seu perfil e o aplicativo lhe mostrará outra pessoa com um comportamento semelhante ao seu para se relacionarem. E onde fica a conversa e o encantamento do relacionamento olho no olho e a magia do flerte quando dois olhares se cruzam?
Estamos cada vez mais à mercê da inteligência artificial. As máquinas estão conseguindo copiar os humanos tornando-se donas de seus movimentos e das suas próprias ações.
E o que temos hoje de amor. sensibilidade, carinho e ternura que as novas tecnologias não poderão copiar?
A frieza de uma máquina não vai conseguir substituir a amizade, o carinho, a doçura e o amor e nem mesmo a insensatez e a intolerância do ser humano.
Máquina não ama.
Então o que ela vai formatar?
A maneira de ser insensível e egoísta que nos faz esconder atrás de um aparelho eletrônico e cuidar mais e melhor dos animais a ponto de relegarmos a segundo plano o contato com os nossos semelhantes.
Esta é a razão da minha preocupação e do meu medo.
Não vou estar nesse mundo para assistir esta aberração, mas fico triste só de imaginar a minha futura geração sendo dominada por um punhado de plásticos, por uma placa mãe que não armazena emoções e por uma memória Ram que não guarda saudades e pelos Chips que serão suas algemas os impedindo de viver do jeito e da maneira que quiserem.
CONTROLADOS POR UM CHIP
Fico vendo e
ouvindo nos noticiários as reportagens sobre o avanço da tecnologia e cada vez
mais me convenço que estou vivendo além do que deveria. Não quero ser apenas mais uma dessas milhões
de pessoas que se tornaram escravas dos aplicativos e que têm suas mentes
controladas por um chip qualquer.
Já estão falando em acabar com o dinheiro moeda e papel e também com os cartões magnéticos, e já existem agências bancárias que não movimentam dinheiro em espécie, e não demora muito, qualquer dinheiro vai se tornar virtual.
Os amantes desta “modernidade” dizem que as pessoas movimentarão suas contas bancárias através dos aparelhos de celular, dos óculos, do relógio, de uma pulseira e até de um chip implantado em alguma parte do seu corpo.
Segundo os especialistas da área, em pouco tempo todas as pessoas, independentemente da sua condição financeira ou social terão que se renderem aos aplicativos.
No setor público onde o atendimento sempre foi e será ruim com alguns funcionários se achando no direito de maltratar as pessoas, tudo está sendo informatizado e quase todos os serviços já exigem agendamento via on-line e constantemente ouvimos dizer que todos têm acesso à tecnologia.
Acesso talvez, mas saber como acessar e ter em casa um dispositivo para isso é outra coisa bem diferente. Para ter acesso aos serviços já informatizados milhares de pessoas são obrigadas a pagar, porque sem medo de errar, posso afirmar que, de cada dez brasileiros idosos ou analfabetos, oito não sabem e dificilmente irão saber como acessar os aplicativos necessários no seu dia a dia, e não terão dinheiro para comprar novos aparelhos porque eles ficam ultrapassadas muito depressa e cada dia surge um novo.
E o que é pior, de cada dez aparelhos celulares que são vendidos, oito são adquiridos por pais ou avós extorquidos por seus filhos e netos e outros parentes.
Se dissesse que sou literalmente contra este avanço eu seria um grande idiota, estou aposentado, tenho setenta e três ano e não sei se orgulhosamente ou teimosamente falando, não me deixei dominar pelos dispositivos que teoricamente foram concebidos para facilitar a vida das pessoas, mas pelo que parece, chegaram também para escravizar aqueles que não sabem dimensionar o que é benéfico e o que é vício.
ESCRAVOS DAS REDES SOCIAIS
Um disco de
vinil tocando na vitrola parece querer me dizer que não sou simplesmente um
velho ultrapassado, contrastando com o que algumas pessoas insistem em me
dizer.
Meu neto com dois anos e poucos meses, todas as vezes que vem à minha casa corre para perto da vitrola e me pede para colocar um disco e ficamos dançando ao som do vinil. E sou muito agradecido a Deus por poder dançar com ele no colo, o que para mim é motivo de grande contentamento e emoção.
Estava tão embevecido com a alegria do meu neto que nem prestava atenção e de repente Roberto Carlos estava cantando a música “Jesus Cristo”. E em oração pedi a Ele que não me deixe escravizar por nada e por ninguém.
Constantemente ouvimos dizer que esta é a era da tecnologia e eu seria um idiota se dissesse o contrário.
Estou aposentado e não tenho nenhum compromisso profissional, e na minha talvez estúpida visão, não preciso ser escravo de nenhuma geringonça eletrônica.
“Jesus Cristo eu estou aqui”, dizia a canção do rei Roberto Carlos. Jesus sabe que estamos aqui e com certeza queria que todos estivéssemos presentes de corpo e alma.
Com muita tristeza fico observando crianças que ainda não aprenderam sequer a engatinhar segurando um aparelho eletrônico qualquer em suas pequeninas mãos.
Com muita tristeza fico observando meninos e meninas com dez anos ou menos andarem soltas pelas ruas enviando e recebendo mensagens de e para qualquer pessoa como se não tivessem ninguém a esperá-las.
Com muita tristeza fico observando pessoas idosas clicando freneticamente enquanto atravessam as ruas sem ao menos perceberem que podem sofrer um acidente fatal.
E honestamente não sei o que estou fazendo neste mundo onde o ser humano está cada vez mais robotizado e insensível.
A grande maioria é escrava de um celular que agora não é mais telefone. A grande maioria é escravizada pelas redes sociais e pelos sites de relacionamentos que afastam as pessoas.
Por duas vezes tentei me conectar ao face-book para divulgar o que escrevo e nunca vi nada tão perverso. Poucas pessoas postam algo que tenha relevância e qualquer futilidade é muito vista e compartilhada,
Posso dizer com muita alegria: não sou escravo de nenhum chip e prefiro ficar conectado com Deus e com as pessoas.
CASTIGO PARA OS PAIS
Esta
semana um amigo me disse que foi surpreendido quando o boleto do cartão de
crédito chegou e descobriram que o filho de dez anos havia
realizado compras de pontos em jogos eletrônicos sem seu consentimento.
Ele me disse que ficou irritado, não pelo valor a pagar, mas porque o filho é um bom garoto e que até esse dia era totalmente confiável, e que ele nunca imaginaria que fosse capaz de fazer tal coisa.
O garoto, como a maioria das crianças , achava que ter um cartão de crédito é ter dinheiro.
E a cobrança chegou, e ele foi colocado de castigo.
Não sei se o castigo doeu mais no garoto ou nos seus pais.
E fiquei me perguntando...
Será que que este menino merecia ser castigado?
Acho que os pais é que mereciam!
Por excesso de confiança ou por comodismo muitos pais não se preocupam em saber o que os filhos acessam quando navegam pelo espaço cibernético onde muitos jovens ficam perdidos nos labirintos da tecnologia e se aconchegando apenas no colo da placa mãe deixando sua inteligência se prender na mediocridade de alguns jogos virtuais que nada constroem.
E nos preocupamos somente com as drogas vendidas pelos pobres na periferia e pelos ricos nas faculdades e nas mansões. e com a violência nas esquinas.
Neste texto a droga se chama tecnologia mal utilizada, que com suas lutas e disputas virtuais embrutecem os filhos que estamos perdendo para o mundo virtual, que é real e fica do outro lado da parede, e que por ironia, sua peça principal se chama Placa Mãe.
Os pais não sabiam ou fingiram não saber que o seu caçula estava sendo engolido pela memória RAM de uma máquina sem vida.
Vida! Que alguns dizem estar melhor com o avanço da tecnologia
que destrói famílias inteiras quando um ente querido prefere se fechar dentro de um quarto para ficar na frente de uma tela colorida pintando sua mente de preto e branco, e como consequência, acaba o colorido das conversas e dos abraços.
Que venham todas as tecnologias, mas que nenhuma máquina substitua o ser humano e que jamais seja programada para dizer mecanicamente: Eu te amo.
Todos os pais e mães incapazes de perceber que seu filho está sendo raptado por um dispositivo eletrônico qualquer merecem ser castigados.
O meu amigo e sua esposa foram.
E aprenderam a lição e o filho passou a ser mais importante do que alguns momentos de uma paz de mentira.
VIVENDO NO ESPAÇO CIBERNÉTICO
Fico
observando o comportamento das pessoas, inclusive as da minha família e com
tristeza percebo que as relações familiares estão se deteriorando a passos
largos porque muitas estão vivendo no espaço cibernético. Hoje é muito comum
irmos visitar uma família e ficar sabendo que um dos filhos ou filhas estão
presos dentro de seus quartos escravizados por uma rede social e por jogos
eletrônicos que nada acrescentam em suas vidas.
Estamos vendo crianças, jovens, adultos e muitos idosos sendo escravos de uma geringonça eletrônica que afasta as pessoas e destrói os relacionamentos com a falsa ilusão de que aproxima.
A amizade que antes unia as pessoas como se fossem irmãos e irmãs foi trocada por um celular que faz com que cada um se isole em uma prisão cibernética e esqueça os momentos de risos e de alegria que realmente nos aproximavam.
Nossas casas são constantemente invadidas por imagens, falas e comportamentos que são uma afronta aos bons costumes e quando não aceitamos ou fazemos alguma crítica somos taxados de preconceituosos. A todo momento as famílias são bombardeadas por uma mídia facciosa que interfere na educação das crianças e dos jovens e no comportamento dos adultos incutindo em todos um desejo mórbido de um consumismo exagerado.
E continuo observando o comportamento das pessoas.
Quando vejo na rua meninos e meninas com seus dezesseis anos ou menos, conversando ao celular e carregando um filho no colo ou empurrando um carrinho com seu bebê fico me perguntando: Como será o futuro desta criança? O que esses meninos e meninas têm de experiência de vida para passar para este filho ou filha?
A maioria dessas crianças serão criadas pelos avós, que na maioria das vezes também não souberam, não quiseram, ou simplesmente não tiveram condições financeiras e psicológicas para educarem seus filhos.
Será que esses jovens pais e mães são bons alunos em alguma escola?
O que a maioria dos pais desses jovens tem a nos dizer?
O que os amantes da tecnologia tem para nos dizer?
O que esperar de um futuro movido a chips e placas eletrônicas?
PLACA MÃE NÃO GERA FILHOS.
Escrevi esse texto depois de desligar o computador onde meu filho de dezesseis anos estava vidrado na tela às duas horas da manhã.
Estamos na era da eletrônica onde os robôs já fazem os serviços domésticos e cachorros de lata vigiam as casas. A tecnologia avança a passos largos, é mutante, muitas vezes deixando para trás sentimentos de amor e de ternura. Os filhos agora entendem tudo de placa mãe que não chora e não gera filhos e sem ela o computador não existiria. Igualzinho à Mãe de carne e osso que abraça todos os filhos com amor e carinho e sem ela a família não existiria.
A diferença é que ela pensa e não aceita ser formatada na hora que os filhos quiserem.
Na mesma proporção que a tecnologia avança os corações embrutecem. Muitos jovens se trancam em seus quartos e seu “disco rígido” não tem espaço para momentos de cumplicidade com os pais e sua memória ram não consegue lembrar dos abraços e beijos compartilhados com carinho.
Se os jovens não pararem para pensar e não fizerem a inclusão do amor junto com a inclusão digital daqui a poucos anos o mundo será habitado apenas por robôs, e os da minha geração irão se encontrar com a mãe terra muito antes do que pensavam.
Os pais não são perfeitos como os computadores e muitos filhos e filhas acham que é preciso apagar lembranças de terem sido empurrados em carrinhos de bebê e de noites mal dormidas porque alguém chorava.
Para quê conversar com quem não se deixa modificar num simples apertar de uma tecla?
As “máquinas humanas”, ou seja, os pais que formataram suas vidas com carinho e amor, sem disco rígido e sem placa mãe, estão ultrapassados e serão jogados em um asilo onde receberão uma visita de vez em quando, ou em um quartinho dos fundos se misturando com as geringonças eletrônicas obsoletas.
Houve tempos em que o pai era chamado de “esteio da casa”, para os mais jovens, esteio é a peça principal que sustenta um telhado.
Hoje os filhos entendem muito de disco rígido que armazena as informações que cada um acha do seu agrado e os esteios vão ficando esquecidos na lixeira ou se tornam simplesmente um rascunho.
Os amigos agora são virtuais.
Os amores são superficiais!
Nós acima dos cinquenta anos estamos sendo vencidos pela tecnologia que oferece muitos atrativos para nossos filhos que só pensam em nos apagar do seu círculo de amizades e das suas vidas.
Enquanto eu tiver forças vou lutar contra o lado perverso deste senhor de engenho chamado tecnologia para que ela possa ser usada somente para o bem e não para escravizar as pessoas.
Podemos afirmar sem medo de errar que a maioria das pessoas deixam-se escravizar pelos apelos da propaganda que as induzem ao consumismo exagerado, pelos jogos virtuais violentos e pelas conversas muitas vezes desnecessárias nas redes sociais.
Mas na verdade o que elas querem é se esconderem delas mesmas.
A impressão que se tem é que todos estão “protegidos” dentro de uma bolha e hipnotizados pelas imagens e mensagens que chegam a todo momento ou pelo barulho dos fones de ouvido que fazem muitas delas ficarem surdas.
Não vivo sem meu celular!
Um dia sem internet?
Isto é inadmissível, e o que é pior, não é apenas para o sistema financeiro, para a indústria ou para o comércio.
A grande preocupação é que um dia sem internet pode provocar uma comoção mundial onde milhões de pessoas sofrerão um surto de comportamento sem sombra de dúvida, idêntico à esquizofrenia.
A cada dia que passa o ser humano está perdendo a capacidade de pensar, de amar e de se relacionar uns com os outros. E com esse comportamento estão se afastando cada vez mais deixando bem claro que nem com toda a tecnologia que supostamente veio para melhorar a vida das pessoas, o medo e a solidão são sem dúvida as grandes barreiras a serem superadas. Com a natureza está claro que não existe mais nenhum tipo de relacionamento pois matamos a maioria dos animais, destruímos árvores centenárias, secamos as nascentes, os rios, os lagos, as lagoas, e com certeza, se esta agressão não parar, não vai demorar muito para que os mares e oceanos também deixem de existir.
Isto me preocupa!
E fico pensando...
Será que a nossa vida e a do planeta estão chegando ao fim?
MÁQUINAS NÃO AMAM
Faço parte de uma geração que está se despedindo do mundo e infelizmente tenho a impressão que não estaremos sozinhos na hora do réquiem.
Milhares de pessoas estão matando e morrendo em uma guerra urbana que dizima, principalmente os mais jovens que estão deixando-se dominar pelos aparelhos eletrônicos que os escravizam e pelas drogas que os liquidam.
Em muitos lares cada membro da família fica recolhido em um canto longe uns dos outros para interagir com seus amigos virtuais. E agindo assim esquecem que para ser uma família de verdade é preciso que cada membro seja acolhido com amor e tratado com ternura.
É este acolhimento que está faltando dentro dos lares e desestruturando totalmente o elo familiar.
A tecnologia é mutante e a cada dia surge um novo aparelho e um novo aplicativo e as pessoas vão se deixando programar e se tornam cada vez mais artificiais. A cada geringonça nova que surge o meu coração perde um pouco do seu compasso e a minha consciência me leva a procurar cada vez mais por Deus que está sendo substituído por um chip qualquer.
Estão lançando um novo aplicativo e dizem que é para facilitar a interação entre as pessoas dentro de um bar, de um restaurante, de um shopping, em uma boate ou qualquer lugar de aglomeração.
Os amantes da tecnologia estão achando isto uma maravilha e sentindo-se felizes porque basta cadastrar seu perfil e o aplicativo lhe mostrará outra pessoa com um comportamento semelhante ao seu para se relacionarem. E onde fica a conversa e o encantamento do relacionamento olho no olho e a magia do flerte quando dois olhares se cruzam?
Estamos cada vez mais à mercê da inteligência artificial. As máquinas estão conseguindo copiar os humanos tornando-se donas de seus movimentos e das suas próprias ações.
E o que temos hoje de amor. sensibilidade, carinho e ternura que as novas tecnologias não poderão copiar?
A frieza de uma máquina não vai conseguir substituir a amizade, o carinho, a doçura e o amor e nem mesmo a insensatez e a intolerância do ser humano.
Máquina não ama.
Então o que ela vai formatar?
A maneira de ser insensível e egoísta que nos faz esconder atrás de um aparelho eletrônico e cuidar mais e melhor dos animais a ponto de relegarmos a segundo plano o contato com os nossos semelhantes.
Esta é a razão da minha preocupação e do meu medo.
Não vou estar nesse mundo para assistir esta aberração, mas fico triste só de imaginar a minha futura geração sendo dominada por um punhado de plásticos, por uma placa mãe que não armazena emoções e por uma memória Ram que não guarda saudades e pelos Chips que serão suas algemas os impedindo de viver do jeito e da maneira que quiserem.
CONTROLADOS POR UM CHIP
Já estão falando em acabar com o dinheiro moeda e papel e também com os cartões magnéticos, e já existem agências bancárias que não movimentam dinheiro em espécie, e não demora muito, qualquer dinheiro vai se tornar virtual.
Os amantes desta “modernidade” dizem que as pessoas movimentarão suas contas bancárias através dos aparelhos de celular, dos óculos, do relógio, de uma pulseira e até de um chip implantado em alguma parte do seu corpo.
Segundo os especialistas da área, em pouco tempo todas as pessoas, independentemente da sua condição financeira ou social terão que se renderem aos aplicativos.
No setor público onde o atendimento sempre foi e será ruim com alguns funcionários se achando no direito de maltratar as pessoas, tudo está sendo informatizado e quase todos os serviços já exigem agendamento via on-line e constantemente ouvimos dizer que todos têm acesso à tecnologia.
Acesso talvez, mas saber como acessar e ter em casa um dispositivo para isso é outra coisa bem diferente. Para ter acesso aos serviços já informatizados milhares de pessoas são obrigadas a pagar, porque sem medo de errar, posso afirmar que, de cada dez brasileiros idosos ou analfabetos, oito não sabem e dificilmente irão saber como acessar os aplicativos necessários no seu dia a dia, e não terão dinheiro para comprar novos aparelhos porque eles ficam ultrapassadas muito depressa e cada dia surge um novo.
E o que é pior, de cada dez aparelhos celulares que são vendidos, oito são adquiridos por pais ou avós extorquidos por seus filhos e netos e outros parentes.
Se dissesse que sou literalmente contra este avanço eu seria um grande idiota, estou aposentado, tenho setenta e três ano e não sei se orgulhosamente ou teimosamente falando, não me deixei dominar pelos dispositivos que teoricamente foram concebidos para facilitar a vida das pessoas, mas pelo que parece, chegaram também para escravizar aqueles que não sabem dimensionar o que é benéfico e o que é vício.
ESCRAVOS DAS REDES SOCIAIS
Meu neto com dois anos e poucos meses, todas as vezes que vem à minha casa corre para perto da vitrola e me pede para colocar um disco e ficamos dançando ao som do vinil. E sou muito agradecido a Deus por poder dançar com ele no colo, o que para mim é motivo de grande contentamento e emoção.
Estava tão embevecido com a alegria do meu neto que nem prestava atenção e de repente Roberto Carlos estava cantando a música “Jesus Cristo”. E em oração pedi a Ele que não me deixe escravizar por nada e por ninguém.
Constantemente ouvimos dizer que esta é a era da tecnologia e eu seria um idiota se dissesse o contrário.
Estou aposentado e não tenho nenhum compromisso profissional, e na minha talvez estúpida visão, não preciso ser escravo de nenhuma geringonça eletrônica.
“Jesus Cristo eu estou aqui”, dizia a canção do rei Roberto Carlos. Jesus sabe que estamos aqui e com certeza queria que todos estivéssemos presentes de corpo e alma.
Com muita tristeza fico observando crianças que ainda não aprenderam sequer a engatinhar segurando um aparelho eletrônico qualquer em suas pequeninas mãos.
Com muita tristeza fico observando meninos e meninas com dez anos ou menos andarem soltas pelas ruas enviando e recebendo mensagens de e para qualquer pessoa como se não tivessem ninguém a esperá-las.
Com muita tristeza fico observando pessoas idosas clicando freneticamente enquanto atravessam as ruas sem ao menos perceberem que podem sofrer um acidente fatal.
E honestamente não sei o que estou fazendo neste mundo onde o ser humano está cada vez mais robotizado e insensível.
A grande maioria é escrava de um celular que agora não é mais telefone. A grande maioria é escravizada pelas redes sociais e pelos sites de relacionamentos que afastam as pessoas.
Por duas vezes tentei me conectar ao face-book para divulgar o que escrevo e nunca vi nada tão perverso. Poucas pessoas postam algo que tenha relevância e qualquer futilidade é muito vista e compartilhada,
Posso dizer com muita alegria: não sou escravo de nenhum chip e prefiro ficar conectado com Deus e com as pessoas.
CASTIGO PARA OS PAIS
Ele me disse que ficou irritado, não pelo valor a pagar, mas porque o filho é um bom garoto e que até esse dia era totalmente confiável, e que ele nunca imaginaria que fosse capaz de fazer tal coisa.
O garoto, como a maioria das crianças , achava que ter um cartão de crédito é ter dinheiro.
E a cobrança chegou, e ele foi colocado de castigo.
Não sei se o castigo doeu mais no garoto ou nos seus pais.
E fiquei me perguntando...
Será que que este menino merecia ser castigado?
Acho que os pais é que mereciam!
Por excesso de confiança ou por comodismo muitos pais não se preocupam em saber o que os filhos acessam quando navegam pelo espaço cibernético onde muitos jovens ficam perdidos nos labirintos da tecnologia e se aconchegando apenas no colo da placa mãe deixando sua inteligência se prender na mediocridade de alguns jogos virtuais que nada constroem.
E nos preocupamos somente com as drogas vendidas pelos pobres na periferia e pelos ricos nas faculdades e nas mansões. e com a violência nas esquinas.
Neste texto a droga se chama tecnologia mal utilizada, que com suas lutas e disputas virtuais embrutecem os filhos que estamos perdendo para o mundo virtual, que é real e fica do outro lado da parede, e que por ironia, sua peça principal se chama Placa Mãe.
Os pais não sabiam ou fingiram não saber que o seu caçula estava sendo engolido pela memória RAM de uma máquina sem vida.
Vida! Que alguns dizem estar melhor com o avanço da tecnologia
que destrói famílias inteiras quando um ente querido prefere se fechar dentro de um quarto para ficar na frente de uma tela colorida pintando sua mente de preto e branco, e como consequência, acaba o colorido das conversas e dos abraços.
Que venham todas as tecnologias, mas que nenhuma máquina substitua o ser humano e que jamais seja programada para dizer mecanicamente: Eu te amo.
Todos os pais e mães incapazes de perceber que seu filho está sendo raptado por um dispositivo eletrônico qualquer merecem ser castigados.
O meu amigo e sua esposa foram.
E aprenderam a lição e o filho passou a ser mais importante do que alguns momentos de uma paz de mentira.
VIVENDO NO ESPAÇO CIBERNÉTICO
Estamos vendo crianças, jovens, adultos e muitos idosos sendo escravos de uma geringonça eletrônica que afasta as pessoas e destrói os relacionamentos com a falsa ilusão de que aproxima.
A amizade que antes unia as pessoas como se fossem irmãos e irmãs foi trocada por um celular que faz com que cada um se isole em uma prisão cibernética e esqueça os momentos de risos e de alegria que realmente nos aproximavam.
Nossas casas são constantemente invadidas por imagens, falas e comportamentos que são uma afronta aos bons costumes e quando não aceitamos ou fazemos alguma crítica somos taxados de preconceituosos. A todo momento as famílias são bombardeadas por uma mídia facciosa que interfere na educação das crianças e dos jovens e no comportamento dos adultos incutindo em todos um desejo mórbido de um consumismo exagerado.
E continuo observando o comportamento das pessoas.
Quando vejo na rua meninos e meninas com seus dezesseis anos ou menos, conversando ao celular e carregando um filho no colo ou empurrando um carrinho com seu bebê fico me perguntando: Como será o futuro desta criança? O que esses meninos e meninas têm de experiência de vida para passar para este filho ou filha?
A maioria dessas crianças serão criadas pelos avós, que na maioria das vezes também não souberam, não quiseram, ou simplesmente não tiveram condições financeiras e psicológicas para educarem seus filhos.
Será que esses jovens pais e mães são bons alunos em alguma escola?
O que a maioria dos pais desses jovens tem a nos dizer?
O que os amantes da tecnologia tem para nos dizer?
O que esperar de um futuro movido a chips e placas eletrônicas?
Escrevi esse texto depois de desligar o computador onde meu filho de dezesseis anos estava vidrado na tela às duas horas da manhã.
Estamos na era da eletrônica onde os robôs já fazem os serviços domésticos e cachorros de lata vigiam as casas. A tecnologia avança a passos largos, é mutante, muitas vezes deixando para trás sentimentos de amor e de ternura. Os filhos agora entendem tudo de placa mãe que não chora e não gera filhos e sem ela o computador não existiria. Igualzinho à Mãe de carne e osso que abraça todos os filhos com amor e carinho e sem ela a família não existiria.
A diferença é que ela pensa e não aceita ser formatada na hora que os filhos quiserem.
Na mesma proporção que a tecnologia avança os corações embrutecem. Muitos jovens se trancam em seus quartos e seu “disco rígido” não tem espaço para momentos de cumplicidade com os pais e sua memória ram não consegue lembrar dos abraços e beijos compartilhados com carinho.
Se os jovens não pararem para pensar e não fizerem a inclusão do amor junto com a inclusão digital daqui a poucos anos o mundo será habitado apenas por robôs, e os da minha geração irão se encontrar com a mãe terra muito antes do que pensavam.
Os pais não são perfeitos como os computadores e muitos filhos e filhas acham que é preciso apagar lembranças de terem sido empurrados em carrinhos de bebê e de noites mal dormidas porque alguém chorava.
Para quê conversar com quem não se deixa modificar num simples apertar de uma tecla?
As “máquinas humanas”, ou seja, os pais que formataram suas vidas com carinho e amor, sem disco rígido e sem placa mãe, estão ultrapassados e serão jogados em um asilo onde receberão uma visita de vez em quando, ou em um quartinho dos fundos se misturando com as geringonças eletrônicas obsoletas.
Houve tempos em que o pai era chamado de “esteio da casa”, para os mais jovens, esteio é a peça principal que sustenta um telhado.
Hoje os filhos entendem muito de disco rígido que armazena as informações que cada um acha do seu agrado e os esteios vão ficando esquecidos na lixeira ou se tornam simplesmente um rascunho.
Os amigos agora são virtuais.
Os amores são superficiais!
Nós acima dos cinquenta anos estamos sendo vencidos pela tecnologia que oferece muitos atrativos para nossos filhos que só pensam em nos apagar do seu círculo de amizades e das suas vidas.
Enquanto eu tiver forças vou lutar contra o lado perverso deste senhor de engenho chamado tecnologia para que ela possa ser usada somente para o bem e não para escravizar as pessoas.
Olá, amigo Geraldo!
ResponderExcluirAh! Quem dera que ouvíssemos o convite feito pelo poema!
O mundo deixa passar as melhores coisas da vida pela pressa descabida de estar em tudo ao mesmo tempo. Como não somos super heróis, ficamos sempre devendo a alguém alguma coisa sempre.
O mundo está caoticamente ligado no mundo virtual e o real se enfraquecendo e doente cada vez mais.
Um post abastecido de realidades que muitos não queremos admitir sequer.
Tenha dias abençoados!
Abraços fraternos de paz
Olá minha amiga Roselia.
ExcluirMuito obrigado por ter lido, e mais ainda pelo comentário.
Um abraço, paz e bem