QUERO VISLUMBRAR UM MUNDO NOVO

 

Há vários dias estou tentando escrever algo que me traga tranquilidade para que eu possa repassa-la para os meus leitores. Estou tentando vislumbrar um mundo novo onde o amor, a caridade e o perdão tenham renascido no coração das pessoas que se encantaram e se deixaram levar pela violência. Mas para conseguir isso foi preciso sentir as lágrimas correndo pela minha face e ver  o meu coração sangrando de dor. Até hoje não consigo entender o que fez com que milhares de pessoas de todas as classe sociais se esquecessem de Deus e abraçassem e seguissem o caminho da maldade e da indiferença e do ódio que alguém muito perverso, em busca de dinheiro e poder conseguiu entranhar nos seus corações e nas suas mentes. Eu queria entender o que provocou a escalada da violência no mundo, e mais ainda, nesse meu Brasil que ultimamente tem assustado muita gente. Está ficando cada vez mais difícil viver vendo mulheres sendo assassinadas por homens que se acham donos de suas vidas. Está muito difícil viver nesse inferno em que se transformou a vida de muitas pessoas inocentes, em sua grande maioria, negras e pobres.
Eu tive a sorte de ter nascido e vivido em uma época em que as pessoas eram mais humanas e acreditavam mais em Deus e viviam harmoniosamente umas com as outras. Uma época em que os filhos respeitavam seus pais e os vizinhos eram tão amigos que pareciam parentes. Nessa época o primeiro barulho que os bebês ouviam ao nascerem  era as vozes dos seus pais e avós E hoje?  Antes de nascerem já tem um brinquedo eletrônico esperando por eles nos seus berços, e à medida que vão crescendo, muitas vezes, para não tirarem o sossego dos pais são colocados em um cantinho onde serão embalados pelos sons e luzes das geringonças eletrônicas. Eu tive a sorte de nascer e viver em uma época em que as professoras eram autoridades e que as rusgas entre crianças eram resolvidas com um abraço. E hoje? Qualquer desentendimento banal entre as crianças serve de pretexto para que muitos pais e mães e outros parentes declarem guerra contra a família do suposto agressor, e a maioria deles e delas  acham que a escola e a professora são responsáveis pela educação dos seus filhos. Eles não conseguem entender que cabe à escola a preparação profissional para inserir os jovens no mercado de trabalho e que cabe a eles a formação educacional que irá inseri-los na sociedade para  encontrar o caminho que devem seguir, e que se forem educados com paciência e amor desde pequenos saberão quais  são os seus limites e com certeza serão cidadãos cientes de que a honestidade e o amor ao próximo são as chaves que abrem as portas do futuro e do paraíso.