12 fevereiro, 2015

O CÉU NÃO ESTÁ À VENDA


              
O CÉU E O INFERNO COMEÇAM AQUI, VOCÊ PODE ESCOLHER.


                     O CÉU NÃO ESTÁ À VENDA                        
 
Não quero falar das religiões, mesmo porque, cada pessoa tem a liberdade para escolher o caminho mais conveniente a ser seguido para estar em sintonia com o verdadeiro Deus que nos criou.
“Estreitos são os caminhos e a porta de entrada para o céu”. 
Até aí nada demais.
Escutar a palavra de Deus sendo profanada por falsos profetas é coisa sem sentido. E o mais absurdo é ficar ouvindo pregadores vendendo a palavra, cruzinhas com água do rio Jordão, fogueiras santas, e tantas outras besteiras como se o céu fosse um grande shopping popular à espera dos compradores de milagres.
O absurdo... 
É ficar mudando os canais da televisão e das emissoras de rádio e escutar pregadores chamando as pessoas de patrocinadores.  
Ora! 
Quem patrocina quer retorno. 
E o que eles prometem? 
O céu!
É vergonhoso ouvir: “Se Deus te tocou para dar R$ 50,00, R$ 100,00, R$ 1000,00, ou mais, não perca tempo, vá ao banco tal e atenda o chamado”; e o pregador ainda tem a cara de pau de pedir ao doador que vá a correio e despache o comprovante da doação.
O pior é ver “atores” com aparência de pessoas ricas dizendo que chegaram ao fim do poço e que não tinham sequer dinheiro para comprar comida, e assim que começaram a contribuir, em menos de três meses ficaram ricos, donos de empresas, de casas e carros, etc.
Cenas que pessoas com um pouquinho de bom senso verão que é mentira.
Porque nessas falsas igrejas e “templos Deus” os fiéis  não são chamados para doar um real? 
Porque esse falso deus não chama para doar solidariedade? 
Porque Deus não os chamam simplesmente para se doar por amor? 
O que nunca se ouve nessas pregações é a palavra caridade.
O interessante é que Deus convoca cada um de nós a doarmos a nossa vida em defesa dos mais humildes que são massacrados pela ignorância. 
Antes de deixar-se levar pela lábia de alguns falsos pregadores da palavra de um deus, as pessoas deveriam conhecer o estilo de vida que eles levam.  Não me refiro àqueles que percorrem becos e ruelas a pé para pregar o evangelho, porque esses também são vítimas e meros instrumentos dos líderes das falsas igrejas e seitas espalhadas por esse imenso país. 
É preciso observar como vivem os pregadores profissionais. Normalmente eles moram em mansões, andam em carros de luxo e em aviões particulares comprados com o dinheiro do suor de pessoas humildes que na sua vida diária já estão muito mais perto de Deus. 
Está passando da hora de parar de eleger esses “santos pregadores” para cargos políticos, que para se elegerem mentem para o crente dizendo que Deus quer que ele seja eleito.
Ao doar sua própria vida Cristo nos mostrou que quem doa um minuto do seu tempo contribui muito mais do quem entregou todo seu salário. 
 “O homem comerá do suor do seu rosto e do seu trabalho”. 
Será que os rostos maquiados desses falsos profetas para entrar em cena nos palcos dos grandes templos, e para aparecer na televisão, já conheceram o suor, e conseguem esconder também as rugas do coração? Deve dar um trabalho danado ficar vivendo na luxuria com o dinheiro surrupiado nos dez por cento ou mais de um salário minguado do crente incrédulo que não sabe distinguir o lobo da ovelha. 
Não quero saber o nome da igreja ou do templo. Quero apenas alertar que a salvação não pode ser comprada, ela tem que ser conquistada com o coração disposto a se doar como o Pai nos ensinou. 
A salvação não pode ser alcançada simplesmente sendo patrocinador de um espetáculo grotesco que mais parece um show de bizarrices, como essa: Um folheto de uma “Igreja” colocado na minha caixa de correspondência dizia que o dízimo e as ofertas podem ser pagos através do cartão de crédito. 
Então só me resta fazer uma pergunta: o milagre vem pelo correio?
É hora de refletir. 
O céu não pode estar mais perto de quem pode contribuir mais, pelo contrário, se ele não estiver mais perto daquele que nada tem para oferecer, certamente ele não existe. 
Não precisa ser teólogo para saber que se Deus não vier residir no coração dos pobres e no quem se preocupa com eles, certamente Ele não existe.
Deus nasceu em uma manjedoura no meio dos pobres que nada tinham para oferecer a não ser a miséria e a própria vida.

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