TODOS TEM UM HISTÓRIA PARA CONTAR. |
Quem frequenta livrarias e bibliotecas, daquelas de
livros de papel como antigamente, ou tem o costume de ler as publicações
virtuais dificilmente irá sentar-se no divã da psicanálise porque o simples
fato de ler acalma e reorganiza os neurônios para que a leitura possa ser
entendida. Quando alguém conta ou lê uma história para uma criança ela é transportada para um mundo imaginário onde a violência não tem poder de
penetração, e é por isso que a criança que teve alguém para lhe contar uma história
dificilmente será uma pessoa adulta violenta. Quem soube ensinar o filho ou filha a ler pelo menos a página de um jornal, de uma
revista em quadrinhos ou mesmo algumas publicações virtuais terá menos trabalho para
conduzir sua educação.
O nosso país está carente de bons escritores e muitas
pessoas mudaram seus comportamentos ao meditarem a leitura de algum texto que a
princípio não era exatamente aquilo que queria ler, ver, ouvir ou sentir.
Então, para fazer a alegria de um filho, (a), ou de
um grupo de crianças não precisa ser um contador de história, basta ler
pausadamente tentando interpretar o personagem para que eles entendam o que
estão ouvindo.Toda criança merece e precisa ouvir pelo menos uma história
contada pelo pai, pela mãe ou por qualquer pessoa da família para que assim ela
vá descobrindo passo a passo o que pode, deve, e precisa ler.
E o mais importante, irá aprender a ler muito mais depressa, e que um livro tem muito mais a ensinar do que esses
jogos malucos que povoam a mente de muitas crianças.
Então precisamos queimar ou formatar esses
aparelhos?
Não! Cabe aos pais monitorar, sem terrorismo, o tipo de
conteúdo que está sendo acessado, principalmente na idade de formação da
consciência e do caráter dos jovens. Precisamos ensinar para os nossos filhos que
cada coisa tem seu tempo e que para ser esperto é preciso saber exatamente o
momento de desligar o aparelho e ligar o cérebro para “viajar” no texto que um
autor escreveu para muitos e para que cada um tire dali algo útil
O grande problema é que os governos investem pouco
ou nada para abrir horizontes através do conhecimento. O livro impresso é um item caro e acessível apenas
para uma pequena camada da sociedade. Outro problema grave é na educação que é
causado pela falta de um local de aprendizado fora da escola. Muitos estudantes
carentes ao voltarem para suas casas depois da aula, quando voltam, não tem
alguém para lhes dar suporte nos exercícios. É preciso urgentemente criar salas
de reforço escolar e bibliotecas onde crianças e jovens possam ser acolhidos
para fazerem seus deveres de casa.
É através da leitura que podemos viajar e aumentar
a bagagem de conhecimento que nos permite travar diálogos sobre vários temas,
mesmo sem termos saído de nosssas casas. Quem não tem dinheiro para ir a um
teatro ou a um cinema, em uma biblioteca pública poderá ler quase todos os
livros que deram origem aos espetáculos e aos filmes, e com certeza esse leitor
não irá fazer feio na hora de conversar sobre determinada peça ou filme.
Os jovens esqueceram dos livros e muitos pais
preferem deixá-los sob os cuidados das geringonças eletrônicas com seus
conteúdos duvidosos.
Quando eu olho as bancas de jornal fico perplexo vendo
tantas revistas que não servem para nada sendo vendidas a preço de ouro. Até as
mais famosas não passam de vitrine de propaganda porque de cada dez páginas,
seis anunciam algum serviço ou produto.
E tem gente que compra!
Ler um bom jornal pelo menos uma vez por semana
fará a pessoa ficar informada e podendo discutir sobre os acontecimentos
recentes no país e do mundo. Ler a sinopse dos filmes de cinema ou de
televisão, usando a imaginação dará para entender muita coisa daquilo que está em
cartaz no momento.
Para se publicar um livro o autor ou autora
precisam escrever o que as pessoas querem ouvir e o que as editoras acham que
será aceito pelo mercado consumidor e elas não abrem espaço para novos autores, e
a reboque disso, o número e a qualidade dos leitores vai diminuindo a cada ano.
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