16 julho, 2013

MOSTRANDO OS ERROS


NENHUM SER HUMANO DEVERIA VIVER ASSIM.















Andar sem ter um lugar para ir é muito bom, andamos sem compromisso, vemos gente sem compromisso, observamos coisas sem serventia e pessoas sem destino. Conversamos com quem não quer conversar, escutamos pessoas que não escutam e enxergamos gente que não nos enxerga e amamos pessoas que não nos amam. E assim a vida prossegue e cada dia é uma nova caminhada. Vemos gente bonita por fora e feia por dentro e gente feia por fora e bonita por dentro. Falamos coisas que não queremos e escutamos coisas que nos ajudam ou nos atrapalham. Andando sem compromisso delimitamos os limites entre o céu e o inferno e quando alcançamos esses limites vemos com mais facilidade os desencontros das pessoas que nasceram irmãs e se perderam nas encruzilhadas da sua existência. Cada uma tomou seu caminho, muitas vezes se escondendo atrás do egoísmo e da omissão. Nessas andanças observamos o comportamento das pessoas que cada vez mais se afastam uma das outras. Um cego não encontra uma mão amiga para ajudá-lo na travessia de uma rua, e as ruas estão cheias de mãos que não se encontram e não se não tocam nem para se cumprimentar. Nos lares os filhos não recebem mais o abraço dos pais na hora do sucesso ou do fracasso, e existem tantos braços nos lares que poderiam se fechar a todo o momento em um gostoso abraço fraterno. Muitas pessoas insistem em deixar seus braços abertos sem abraçar ninguém porque esqueceram que O maior de todos os homens morreu com os seus abertos pregados na cruz  porque não queriam que Ele os fechasse para abraçar a humanidade.
Mesmo assim Ele nos abraçou.
Existem muitos jovens que se tornaram marginais porque enquanto crianças e adolescentes seus pais não abriram seus corações e seus braços para lhes darem um abraço de amor, e eles se sentindo abandonados dentro de casa não tiveram ninguém que os amparasse, e em caminhadas vacilantes e nos desencontros de todos os dias não encontraram  ninguém que lhes mostrassem o caminho do bem cresceram e cometeram erros maiores, foram presos, espancados e mortos.
Quem foi o responsável dessa tragédia?
Existe uma resposta para esta pergunta?  Ninguém tem coragem bastante para respondê-la. As ruas estão cheias desses "erros" e desses ninguéns dormindo nas calçadas, esmolando nos semáforos, comendo restos da lata do lixo e fazendo sexo porque não aprenderam fazer amor. Elas não fazem parte da sociedade porque não podem transpor o abismo que divide as pessoas.
Hoje mais uma vez observei os pobres e escutei as crianças nos semáforos anunciando seus produtos e ouvi pessoas pedindo pelo amor de Deus.
É tanta gente dormindo nas calçadas.
É tanta gente não vivendo, que se no útero soubessem que a vida aqui fora seria assim.
Com certeza não teriam nascido.

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