Andar sem ter um lugar para ir é
muito bom, andamos sem compromisso, vemos gente sem compromisso, observamos
coisas sem serventia e pessoas sem destino. Conversamos com quem não quer
conversar, escutamos pessoas que não escutam e enxergamos gente que não nos
enxerga e amamos pessoas que não nos amam. E assim a vida prossegue e cada dia
é uma nova caminhada. Vemos gente bonita por fora e feia por dentro e gente
feia por fora e bonita por dentro. Falamos coisas que não queremos e escutamos
coisas que nos ajudam ou nos atrapalham. Andando sem compromisso delimitamos os
limites entre o céu e o inferno e quando alcançamos esses limites vemos com
mais facilidade os desencontros das pessoas que nasceram irmãs e se perderam
nas encruzilhadas da sua existência. Cada uma tomou seu caminho, muitas vezes
se escondendo atrás do egoísmo e da omissão. Nessas andanças observamos o
comportamento das pessoas que cada vez mais se afastam uma das outras. Um cego
não encontra uma mão amiga para ajudá-lo na travessia de uma rua, e as ruas
estão cheias de mãos que não se encontram e não se não tocam nem para se cumprimentar.
Nos lares os filhos não recebem mais o abraço dos pais na hora do sucesso ou do
fracasso, e existem tantos braços nos lares que poderiam se fechar a todo o
momento em um gostoso abraço fraterno. Muitas pessoas insistem em deixar seus
braços abertos sem abraçar ninguém porque esqueceram que O maior de todos os
homens morreu com os seus abertos pregados na cruz porque não queriam que Ele os fechasse para
abraçar a humanidade.
Mesmo assim Ele nos abraçou.
Existem
muitos jovens que se tornaram marginais porque enquanto crianças e adolescentes
seus pais não abriram seus corações e seus braços para
lhes darem um abraço de amor, e eles se sentindo abandonados dentro de casa não
tiveram ninguém que os amparasse, e em caminhadas vacilantes e nos desencontros
de todos os dias não encontraram ninguém
que lhes mostrassem o caminho do bem cresceram e cometeram erros maiores, foram
presos, espancados e mortos.
Quem foi o responsável dessa
tragédia?
Existe uma resposta para esta
pergunta? Ninguém tem coragem bastante
para respondê-la. As ruas estão cheias desses "erros" e desses
ninguéns dormindo nas calçadas, esmolando nos semáforos, comendo restos da lata
do lixo e fazendo sexo porque não aprenderam fazer amor. Elas não fazem parte
da sociedade porque não podem transpor o abismo que divide as pessoas.
Hoje mais uma vez observei os
pobres e escutei as crianças nos semáforos anunciando seus produtos e ouvi
pessoas pedindo pelo amor de Deus.
É tanta gente dormindo nas
calçadas.
É tanta gente não vivendo, que se
no útero soubessem que a vida aqui fora seria assim.
Com certeza não teriam nascido.
Mesmo assim Ele nos abraçou.
Existem muitos jovens que se tornaram marginais porque enquanto crianças e adolescentes seus pais não abriram seus corações e seus braços para lhes darem um abraço de amor, e eles se sentindo abandonados dentro de casa não tiveram ninguém que os amparasse, e em caminhadas vacilantes e nos desencontros de todos os dias não encontraram ninguém que lhes mostrassem o caminho do bem cresceram e cometeram erros maiores, foram presos, espancados e mortos.
Existe uma resposta para esta pergunta? Ninguém tem coragem bastante para respondê-la. As ruas estão cheias desses "erros" e desses ninguéns dormindo nas calçadas, esmolando nos semáforos, comendo restos da lata do lixo e fazendo sexo porque não aprenderam fazer amor. Elas não fazem parte da sociedade porque não podem transpor o abismo que divide as pessoas.
Hoje mais uma vez observei os pobres e escutei as crianças nos semáforos anunciando seus produtos e ouvi pessoas pedindo pelo amor de Deus.
É tanta gente dormindo nas calçadas.
É tanta gente não vivendo, que se no útero soubessem que a vida aqui fora seria assim.
Com certeza não teriam nascido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Aqui você é muito bem vindo. Seu comentário ajuda na construção desse espaço de liberdade