01 dezembro, 2010

O MILAGRE.



NENHUM DINHEIRO DO MUNDO PODE PAGAR UM MILAGRE


Busquei Deus todas as vezes que o desespero bateu na minha porta, e Ele estava lá de braços abertos me esperando como o pai que esperava  o filho pródigo que voltava derrotado. Falei dos meus desencantos e da minha agonia, e Ele ouviu em silêncio como quem ouve uma canção melodiosa.
Todos os dias eu repetia a mesma ladainha, e em vão esperava uma resposta. Desesperado blasfemei falando duramente com Ele: Não quero um Deus que apenas ouve, quero que fale comigo e que com suas próprias mãos enxugue as minhas lágrimas.
Ele não respondeu.
Pensei estar louco conversando com o silêncio e falando para o vazio e
saí andando sem rumo. Foi quando tropecei e caí, e na minha queda fui amparado por um velho mendigo que me ajudou a levantar.  Não me lembro de ter agradecido e saí batendo a poeira e enxugando as lágrimas e o suor de mais um dia de trabalho insuportavelmente quente.
Ao virar uma esquina uma criança sorriu para mim e desta vez não saí de cara fechada, sorri em agradecimento e afaguei os cabelos da inocência. 
Olhei para o céu e encarei a luz do sol bem na minha frente, e uma brisa acariciou meu rosto. 
Então percebi...
Que Ele estivera sempre ao meu lado.
E sempre estará.
Em tudo que vemos e tocamos e principalmente nas pessoas que amamos,
Aprendi que tudo tem seu tempo e sua hora.
Ele me mostrou que é preciso saber esperar e se preparar para receber o milagre. Para ver e entender que ele acontece todos os dias na vida de quem acredita ou não em Deus                     

 

                            

                                                    

 





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