DIA INTERNACIONAL DA ÁGUA.
Mais
uma vez me deparo com uma manchete de jornal dizendo que dia 22 de março é
comemorado o DIA INTERNACIONAL DA ÁGUA.
E
mais uma vez pergunto: o que isso quer dizer?
Então,
sou obrigado a escrever: quem cria esses nomes para os dias, se baseiam em quê?
Isso é necessário, e tem alguma utilidade?
Isso é necessário, e tem alguma utilidade?
Para
“comemorar” esse dia, muitos políticos, principalmente os latifundiários,
subirão em uma tribuna para elogiar alguém ou alguma empresa pelos “grandes”
serviços prestados na defesa do meio ambiente. Alguns falsos ecologistas dirão
que estão fazendo tudo para defender a água e os mananciais. As empresas
exploradoras do sistema hídrico que lucram bilhões, mandam veicular anúncios
dizendo que preservaram tal e tal nascente, e que estão recuperando a bacia do
rio tal. ensinando e pedindo à população como economizar água.
Economizar
água!
Se
o governo tivesse algum projeto para economia de água, certamente estaria
incentivando, e ao mesmo tempo obrigando as grandes empresas, as maiores
consumidoras de tudo, e também os maiores agressores da natureza, a instalarem
filtros para reaproveitamento da água que é jogada fora de várias maneiras. Se
essa preocupação existisse, já deveria ter sido inventado um filtro para que
toda residência, independente do poder aquisitivo do morador, pudesse
reaproveitar a água que não foi utilizada para consumo próprio.
Escrevi
sobre o DIA DO ENFERMO, e O DIA DO CONSUMIDOR, e quem leu esses dois textos
deve me achar um velho muito chato e pessimista. Em nenhum dos dois vislumbrei
algo a ser comemorado, e essa é a mesma sensação sobre este DIA DA ÁGUA.
Simplesmente gostaria saber: Onde foi parar a água a ser comemorada?
Os
jovens das grandes cidades conhecem um rio de água cristalina? Já viram de perto uma lagoa? Um riacho, ou um pequeno regato? Podem andarem
em uma enxurrada sem serem infectados pelo lixo?
Será
que todos terão que voltarem para o interior do interior? Pode ser que lá onde
o homem ainda não pisou exista uma água pura correndo tranquila, ou uma lagoa
refletindo o azul do céu cujo Criador quando olhou para a sua criação viu que
“tudo era bom”. E que certamente hoje
deve olhar para a sua imagem e semelhança, e lá no fundinho do Seu coração
estar arrependido de ter lhe dado o livre arbítrio.
Para
que pudesse escolher entre a morte e a vida.
Para
que pudesse escolher entre preservar ou enriquecer.
Na
minha conversa com os mais jovens sempre digo que é preciso urgente difundir
uma consciência ecológica de preservação, que os mesmos estão tomando posse de
uma herança de destruição, e querendo ou não, terão muito trabalho para
recuperar a natureza se quiserem realmente continuar perpetuando a espécie.
Se
quiserem ter filhos.
É
urgente que todos percebam que é burrice ficar lavando um carro horas e horas,
escutando uma música abafada pelo barulho da água saindo da torneira aberta. É
preciso que todos tomem consciência que que jato de água não é vassoura.
Que
plástico, animais mortos, e todo tipo de entulho não devem serem jogados nos
mananciais e no leito de rios agonizantes.
Quando
todos perceberem que somos mais água do que carne, e que para nascer, um bebê
fica mergulhado nove meses dentro dela. Que
apenas três por cento da água do planeta é própria para consumo.
Talvez
algumas pessoas mudem de atitude.
E
possam perceberem que se ainda não morremos é porque podemos contar com a
teimosia da água.
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