23 outubro, 2015

INTELIGÊNCIA OU SER HUMANO ARTIFICIAL?


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SERÁ ESTE O FUTURO DO SER HUMANO?
              


Sou chamado de ultrapassado por não ter me rendido à tecnologia escravizante. Sou avesso às tecnologias que abafam os sentimentos e separam as pessoas criando cada vez mais jovens e adultos estressados, neuróticos e solitários. E  Podemos afirmar sem medo de errar que a maioria das pessoas se deixam escravizar pelos apelos da propaganda que as induzem ao consumismo e pelas conversas muitas vezes desnecessárias nas redes sociais, mas na verdade o que muitas pessoas estão querendo é  se esconderem delas mesmas e continuam andando apressadas sem olharem para os lados. A impressão que se tem é que todos estão “protegidos” dentro de uma bolha e hipnotizados pelas imagens e mensagens que chegam a todo momento em seus aparelhos, ou  hipnotizados  pelo barulho que vem dos fones de ouvido.  
Não vivo sem celular! Esta frase é repetida milhões de vezes em todo o mundo.
Um dia sem internet? Isso é inadmissível, e o que é pior, não é apenas para o sistema financeiro, para a indústria ou para o comércio. A grande preocupação é que um dia sem internet pode provocar uma comoção mundial onde milhões de pessoas sofrerão um surto de comportamento, sem sombra de dúvida, idêntico à esquizofrenia.
Isso me preocupa!
E fico pensando... Será que a raça humana não está muito perto do fim?  
A cada dia que passa o ser humano está perdendo de vez a capacidade de amar e de se relacionar uns com os outros, e com esse comportamento está se afastando cada vez mais  do seu semelhante deixando bem claro que com toda a tecnologia que supostamente veio para melhorar a vida das pessoas, o medo e a solidão são sem dúvida as grandes barreiras a serem superadas. 
Com a natureza e a fauna está claro que não existe mais nenhum tipo de relacionamento pois matamos a maioria dos animais, destruímos árvores, secamos nascentes, rios, lagos e lagoas.
Faço parte de uma geração que está despedindo-se do mundo e infelizmente tenho a impressão que não estaremos sozinhos na hora do réquiem. Milhares de pessoas estão matando e morrendo em uma guerra urbana que dizima, principalmente os mais jovens que estão deixando-se dominar pelos aparelhos que os escravizam e pelas drogas que os liquidam. 
Estamos assistindo os novos pais que não querem mais ouvir os gritos, as birras e as manhas de seus filhos e filhas, comportamentos naturais de uma criança, e para isso colocam em suas mãos uma geringonça eletrônica para que fiquem comportadas e parem de “perturbar’ os que não sabem mais o que é trocar meia dúzia de palavras e que também ficam presos a um teclado recebendo e enviando mensagens compartilhando futilidades e deixando de lado o contato físico e visual com seus entes queridos. 
Esse compartilhamento de amor, ternura, amizade e entrega de corpo e alma e coração é que está faltando dentro dos lares e desestruturando totalmente o elo familiar. 
A tecnologia da informação é mutante e a cada dia surge um novo aparelho e um novo aplicativo e as pessoas vão se deixando programar tornando-se cada vez mais artificiais. A cada geringonça nova que surge o meu coração perde um pouco do seu compasso e a minha consciência me leva a procurar cada vez mais por Deus que está sendo substituído por um chip qualquer.
Estão lançando um novo aplicativo e dizem que é para facilitar a interação das pessoas dentro de um bar, restaurante, shopping, boates ou qualquer lugar de aglomeração. Os amantes dessa tecnologia estão achando uma maravilha e estão felizes porque basta a pessoa cadastrar seu perfil e  a tecnologia lhe mostrará outra com comportamento semelhante ao seu para se relacionarem.
E onde fica a conversa e o encantamento do relacionamento olho no olho e a magia do flerte quando dois olhares se cruzam? A frieza de uma máquina não vai conseguir substituir a amizade, o carinho, a doçura e o amor e até mesmo a insensatez e a intolerância do ser humano.  
Estamos à mercê da inteligência artificial e suas máquinas estão conseguindo copiar os humanos tornando-se donas de seus movimentos e das suas próprias ações.
E o que temos hoje de sensibilidade, carinho e ternura que as novas tecnologias não poderão copiar?
Nada! 
Máquina não ama.
Então o que ela vai formatar?
A maneira de ser insensível e egoísta que nos faz esconder atrás de um monitor e cuidar mais e melhor dos animais a ponto de relegarmos a segundo plano o contato com nossos semelhantes. 
Esta é a razão da minha preocupação e do meu medo: Não vou estar nesse mundo para assistir esta aberração, mas fico triste só de imaginar minha futura geração sendo dominada por um punhado de plásticos e parafusos, por uma placa mãe que não armazena emoções, por uma memória Ram que não guarda saudades e por um Chip que será sua algema os impedindo de viver.    
 

2 comentários:

  1. Grande Geraldo, tudo bem? Boa noite!

    Agradeço por sua visita e pelas palavras deixadas lá no meu cantinho que anda em silêncio... A rotina me afastou bastante do blog, mas da essência das palavras jamais (risos). Tenho dois textos para postar, mas ainda não parei para me dedicar neles com afinco e, assim, editar e publicar. Por enquanto, tem prevalecido apenas alguns versos avulsos.

    Bom, sobre seu texto, acho que o tema é bastante crítico. Hoje, por mais incrível que possa parecer, os amigos mantém um diálogo de horas, através da tela do celular, sendo que ele mora na casa ao lado. Perdeu-se o sentido do vínculo da boa prosa, ninguém tem mais tempo para nada, a vida virtual parece ocupar mais que a vida sociável. Por outro lado, é inegável o avanço que tudo isto causou sobre o mundo, como um todo. Enfim, mas há seus prós e contras e seria injusto apenas condenar.

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  2. É isso mesmo, Geraldo. O mundo, as pessoas, a família já não fala, já comunicam entre si. Têm o celular na mão em tudo o k é lugar e pode até cair uma bomba que não dão por nada.
    As máquinas têm suas utilidades específicas, mas a culpa não é delas, mas das atitudes e do desenfreado apego do ser humano.

    Aquele abraço!

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