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NINGUÉM NASCEU PARA O ISOLAMENTO |
Fico
observando o comportamento das pessoas, inclusive o meu, e fico sem entender
porque tanta gente consegue complicar sua vida e a dos outros. Quantas atitudes
não deveriam serem tomadas, quantas palavras ditas não deveriam ter sido
pronunciadas.
Que ferem!
Machucam
mais que uma bofetada.
Quase
sempre achamos que somos os donos da verdade, e queremos que todos as aceitem
como se fossem absolutas.
É por isso
que as amizades estão deixando de existir.
É por isso
que as instituições estão enfraquecendo.
É por isso
que as comunidades estão se resumindo em uma casa com alarmes, cercas elétricas
e muros que mais parecem os de uma prisão.
É por
isso que as pessoas estão isoladas dentro do próprio seio de família, cada um
no seu canto, conversando com outras pessoas nas geringonças eletrônicas.
Precisamos
urgentemente sair de dentro de nós mesmos. Colocar para fora sentimentos
guardados, de ternura, amor, compreensão, paixão, e principalmente de caridade.
Precisamos urgentemente reconhecer que não somos donos da verdade, que a minha
vontade só tem validade se servir para unir e ajudar outras pessoas.
Não
podemos querer tudo à nossa maneira.
Não somos
santos.
Também não
somos demônios.
É
necessário reconhecer que somos seres humanos que precisam reaprender a tolerar
as pessoas com seus defeitos e suas virtudes. E o mais importante de tudo isso,
é deixar que outras pessoas enxerguem estes dois lados da nossa personalidade. Nada
de esconder aquilo que não presta e deixar à mostra apenas o lado bom para ser
admirado e elogiado. E assim, se todos fizerem isso e cada um puder entender que
é preciso enaltecer as virtudes que o outro tem para oferecer, e tranquilidade para
rever seus próprios defeitos, a vida ganhará contornos de paz. Portanto,
primeiro preciso trabalhar meu lado que não agrada às outras pessoas. Sem
mutilar minha personalidade, tentar adaptar-me para ser facilitador no meio
onde estou inserido.
Família.
Trabalho.
Comunidade.
E essas
atitudes precisam serem revistas e recicladas todos os dias. O perdoar e entregar-se
precisam superar os limites da tolerância, até o impossível. Quando a
intolerância de um dos lados ultrapassar a barreira do impossível, é chegada a
hora da ruptura, e cada um tem que seguir seu caminho.
Sem ódio.
Sem
rancores.
E só
existe uma maneira de resolver esta situação: quando o relacionamento entre
duas pessoas se transforma em campo minado, e a convivência um martírio, a única
atitude a ser tomada é deixar que a outra viva sua vida do jeito que lhe
convier, esquecer que ela existe, e nunca mais mencionar o seu nome.
Esse negócio
de ficar falando que fulano de tal é assim ou assado, remoendo rancores não
leva ninguém a lugar nenhum.
Rancores
e desamores só existem para serem esquecidos.
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