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ESCREVI SENTADO NESTA CADEIRA |
É madrugada,
o barulho que chega das ruas trás
estranhos sons,
parecendo que o ar vem trazendo vozes,
que querem e precisam serem ouvidas.
A voz do silêncio!
que precisa ser escutado,
que foi sufocado pelo progresso.
O som da noite me mostra que os
quintais são coisas do passado.
mesmo assim,
ao longe ouço o canto de um galo,
que resiste bravamente,
Que me faz voltar no tempo,
quando ninguém tinha relógio,
quando rádio e televisão eram apenas
sonhos.
O tempo parecia andar devagar,
o dia tinha as mesmas vinte quatro
horas de hoje,
mas ninguém se preocupava com ele e com
elas,
Agora ele passa depressa demais.
parece que o dia ficou muito curto,
as crianças se tornam
adultas cedo demais,
as famílias só se encontram em
velórios,
A correria gera
abandono,
de filhos e de pais,
de irmãos e irmãs.
Dos amigos que agora
são meros conhecidos,
que não se encontram,
e nem caminham juntos,
que se falam através das
“Redes Antissociais”,
E este não encontrar e
caminhar geram pessoas nervosas e neuróticas,
enchendo asilos,
superlotando cadeias,
provocando um grande
vazio de emoção, de compaixão, e de ternura.
Sepultando amor, paz,
e tranquilidade,
mostrando claramente o
vazio que tomou conta do coração,
do ser, que com tristeza está deixando
de ser humano.
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