NO AMOR NÃO EXISTE MATRIZ E FILIAL
Para quem acredita, Jesus falou em
parábolas que ninguém pode servir e amar a dois senhores. Mesmo para os mais
céticos, isso é uma grande verdade, principalmente em se tratando de amor e
convivência a dois.
Quando homem e mulher decidem viver em
união carnal e amorosa, o bom senso e a razão dizem que ninguém é dono do
outro, e que é impossível se entregar a dois amores.
Quem ama deixa o parceiro (a) criar asas e
voar sozinho (a) para ter alguns momentos somente para si, e com alegria fica
esperando sua volta sabendo que o outro (a) também está feliz por ter um lugar
para voltar e alguém a lhe esperar.
No coração dos amantes de verdade só existe
lugar para uma pessoa.
Nesses tempos modernos é comum ouvirmos
homens e mulheres se gabarem de terem um (a) ou mais amantes, mas elas e eles
estão redondamente enganados!
O outro ou a outra não são amantes, são
objetos sexuais.
Para simplesmente fazer sexo não é preciso
dizer “eu te amo. Este encontro carnal, normalmente dura
pouco tempo, e não tem nada a ver com a alegria de ser recebido e amado pela
pessoa que realmente é sua parceira (o) de todas as horas.
Para se consumar uma entrega de corpo e
alma e coração, o amor, a ternura e a caridade são ingredientes indispensáveis
para perpetuar esta união. Esses três pilares da convivência irão
fortalecer os sentimentos e comportamentos de paciência, tolerância, educação,
caridade e perdão, que são as molas mestras para que duas pessoas possam se
completarem durante o relacionamento.
Então, quando alguém diz que está saindo
com um ou uma amante, ela está mentindo. Eles não são amantes. Esta pessoa está se entregando a alguém
simplesmente porque está insatisfeito (a) com a relação atual, ou que num
momento de fraqueza se deixou levar pelo sexo que não é amor. Os encontros extras conjugais não passam de
desejo carnal, e quando vêm à tona fatalmente alguém se sentirá sozinho, e
muitas vezes este desencontro provoca
tragédias com desfechos nada agradáveis.
Quem de fato é o amante ou a amante?
A pessoa a quem fizemos juras de amor
eterno, ou a outra que entrou na vida de alguém em um momento de fraqueza ou de
solidão?
No amor não existe matriz e filial.
Quando uma pessoa deixa-se seduzir por
outra fora do relacionamento estável, e esta sedução as levam a se encontrar
mais vezes, com certeza é porque já ouve a ruptura dos elos de amor e carinho
de um dos cônjuges, e faltou coragem de dar um basta naquilo que já deixou de
existir há muito tempo.
Isso é algo que machuca. E quando acontece provoca a infelicidade de
muitos e o desmantelamento de famílias inteiras com agressões físicas e
psicológicas.
É preciso entender os caminhos e
descaminhos, as encruzilhadas da alma e os atalhos do coração para não deixar o
amor cair no abismo da mentira e da falsidade. E se um dia isso acontecer tenha
a coragem de fazer essa escolha o mais depressa
possível, porque no coração de uma pessoa só existe um lugar que deve estar sempre ocupado pelo amor. E este
amor tem que ser uma via de mão dupla onde nenhum dos dois tenha a preferência.
Vejo relatos de pessoa que se abrigam
debaixo do mesmo teto e não trocam uma palavra por vários meses, e alguns dizem
que não irão embora porque não querem deixar os bens materiais para o
outro.
Bens materiais podem ser adquiridos de
novo.
O amor que se transformou em desprezo e
rejeição jamais poderá ser renovado.
Ninguém em sã consciência pode e deve continuar amando alguém que lhe
tira o direito de ser livre.
Quando
o amor, a liberdade e a caridade se instalarem dentro do coração dos amantes,
ambos entenderão que no amor não existe matriz e filial
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