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Quero deixar aqui a minha admiração aos pastores que realmente transmitem os ensinamentos que Cristo nos deixou quando disse a Pedro para considerar a pequena oferta que uma senhora fez no templo. Tenho também uma admiração muito grande por aqueles que não distorcem o que está escrito na bíblia, principalmente quando Cristo diz a um jovem: Agora só lhe resta uma coisa. Vá vende tudo que tem, distribua com os pobres e siga-me
O que relato abaixo em negrito foi escrito e publicado por Inara Fonseca no Site CATARINAS no dia 02/06/2021
o
Em 2018,
presenciamos o conservadorismo religioso transformar-se em plataforma eleitoral
presidencial para apoiar Jair Bolsonaro (sem partido) que foi eleito através da
coalizão entre forças conservadoras religiosas e neoliberais. Com dois anos de
governo, os efeitos desastrosos dessa união podem ser claramente vistos na
crise econômica, sanitária, e humanitária que atravessa o país.
Janeiro de 2019, no discurso de posse de Jair Bolsonaro disse: “Minha campanha eleitoral atendeu ao
chamado das ruas e forjou o compromisso de colocar o Brasil acima de tudo e
Deus acima de todos. Na economia traremos a marca da confiança, do interesse
nacional, do livre mercado e da
eficiência”.
Em 2021, o Brasil
enfrenta desemprego em alta; fome; inflação; armamento em massa; perseguição
política de ativistas; colapso do sistema de saúde; genocídio da sua população,
com mais de 460 mil mortes e média diária de quase 2 mil; negacionismo e
anticientificismo como estratégia do governo federal, que desde o início da
gestão bolsonarista ataca as universidades e a produção do conhecimento
científico.
Durante a pandemia, Bolsonaro negou a gravidade do coronavírus, sabotou as
medidas de distanciamento e isolamento social, incentivou o uso de
remédios cientificamente comprovados como ineficazes para o combate da
Covid-19 e desestimulou a vacinação.
A narrativa de Bolsonaro é fortalecida e propagada por lideranças do movimento
evangélico, as quais incentivam que os fiéis continuem indo aos cultos e que
combatam o vírus com uma “guerra espiritual” de jejum e oração.
Campanhas que
convocam “o exército de Cristo para a maior campanha de jejum e oração já vista
na história do Brasil” têm circulado via whatsapp desde abril de 2020.
Inseridos no Legislativo, no Executivo e no Judiciário (cuja expressão máxima
será a indicação de um ministro “terrivelmente evangélico” para o Supremo Tribunal
Federal-STF, por Bolsonaro), representantes
do movimento evangélico advogam para garantirem a abertura dos templos e a
realização dos cultos, mesmo com um altíssimo número de mortes.
“Não há Cristianismo sem vida comunitária.
Não há Cristianismo
sem a casa de Deus.
Não há
Cristianismo sem o dia do Senhor.
É por isso que os
verdadeiros cristãos não estão dispostos, jamais, a matar por sua fé, mas estão
sempre dispostos a morrer para garantir a liberdade de religião e de culto”,
afirmou o Advogado-Geral da União, André Mendonça, durante sustentação oral no
STF, em abril de 2021.
No meio da crise
humanitária, a máxima “liberal na economia e conservador nos costumes” se
materializa na gestão bolsonarista. Mulheres, negros, indígenas, trabalhadores,
povos do campo perdem direitos arduamente conquistados enquanto representantes
do governo Bolsonaro “passam a boiada” – aprovando reformas e leis que ameaçam
a existência da maioria da população
A ruptura
democrática que tornou possível a eleição de Bolsonaro e a implementação de
suas políticas de morte têm sido tramada há anos por grupos conservadores
diversos, entre eles, fundamentalistas religiosos.
Inseridos em
todas as esferas do poder, fundamentalistas religiosos avançam na formação de
uma teocracia: no Brasil de Bolsonaro, a mistura entre um Estado teoricamente
democrático e cristianismo alcançou uma dimensão inédita desde a
redemocratização.
No Palácio do Planalto, fundamentalistas ditam desde pautas moralistas de
comportamento e até cargos por critérios religiosos.
“É o objetivo do
governo Bolsonaro, não sei se conseguiriam oficialmente (instalar um Estado
teocrático), pois tudo no Brasil é abrasileirado”, afirma Jackson Augusto, 26
anos, integrante da coordenação nacional do Movimento Negro Evangélico, em
entrevista ao Catarinas.
As igrejas evangélicas poderosas que dispõem de presença na mídia
e influência política, são hoje parceiras de um projeto “ultraconservador”
do governo Jair Bolsonaro, que nega direitos e explora a fé dos mais pobres.
A trajetória das
chamadas igrejas históricas é marcada pelo moralismo puritano, mas também por
um tipo de compromisso social.
Isto pode gerar
nesses líderes certo constrangimento ou vergonha do alinhamento a Bolsonaro
"Dia sete de
setembro só devem ficar em casa as pessoas que estão enfermas, que têm
comorbidades sérias ou aqueles que querem ser escravizados vivendo sem
liberdade", afirma o pastor Samuel Munguba Júnior em um vídeo
compartilhado em suas redes sociais no início desta semana.
Ele declara que
as pessoas devem ir às ruas na próxima terça-feira (07/09) para lutar a favor
do país, da família e dos princípios de Deus.
Discursos
semelhantes têm sido adotados por outros líderes evangélicos nas redes sociais
para convocar os fiéis para a manifestação pró-Bolsonaro.
Um dos principais
representantes do segmento é o pastor Silas Malafaia.
Em 23 de agosto ele compartilhou um vídeo no qual líderes evangélicos convocam
os fiéis para o ato na Avenida Paulista.
"Eu estou
capitaneando, sim. Estou na frente disso, chamando tudo que é líder. E nunca,
na história desse país, os evangélicos se mobilizaram para um ato como
esse", diz Malafaia à BBC News Brasil. Segundo ele, evangélicos de todo o
país estão se organizando para participar de manifestações em suas cidades.
Os evangélicos,
que segundo pesquisas recentes compõem cerca de 30% da população brasileira,
representam um grupo significativo para Bolsonaro.
Uma pesquisa
Datafolha de maio deste ano apontou que 24% da população em geral considera o
governo ótimo ou bom. Já apenas entre a população evangélica, esse número é
maior: corresponde a 33%.Jesus foi acusado perante a autoridade romana de ter promovido
uma revolta política (cf. Lc 23, 2).
Na medida que
deliberavam, o procurador Pilatos recebeu pressão para condená-lo à morte pelo
seguinte motivo: "Se o soltas não és amigo do César! Todo aquele que se
faz rei é inimigo do César!" (Jo 19, 12).
Este é o motivo
pelo qual no titulus
crucis, onde
estava indicado o motivo da condenação, estava escrito: "Jesus Nazareno,
rei dos judeus".
Seus acusadores
usaram como desculpa a pregação que Jesus realizara sobre o Reino de Deus: um
reino de justiça, amor e paz, para apresentá-lo como um adversário político que
poderia trazer problemas para Roma.
Mas Jesus não
participou diretamente da política nem apoiou nenhum dos grupos ou tendências
nas quais concentravam-se as opiniões e a ação política das pessoas que
naqueles tempos viviam na Galileia ou Judeia.
Quem induziu os
fiéis das igrejas evangélicas a votar no bolsonaro acreditam em Cristo?
Parabéns pelo texto. Infelizmente essa é a realidade.
ResponderExcluirUma boa explanação, Geraldo, sobre um cenário muito, mas muito nefasto, chegando a cheirar mal.
ResponderExcluirTrata-se da junção de pessoas que abusam de Deus e de sua Palavra, que confundem totalmente liberdade com libertinagem, enfim constroem o caos, aliviando a barra de pouquíssimos germes que conduzem um grupo de alienados políticos e cristãos que se pintam de verde e amarelo em prol de um desgoverno que sustenta poder autoritário e miliciano, privilégio para poucos e rédeas ou morte para as minorias que no Brasil formam a imensa maioria da sua população. E a justiça por onde anda? Continua dando uma de eficiente, funcionando de acordo com o que lhe pedem. Por exemplo, neste cenário em que pedem a cabeça di Executivo, este prende os peixes pequenos ou aqueles que atrapalham a economia totalmente contra a população pobre e com isso vai deixando o gado gordo passar, como, por exemplo, fez com o Aécio e agora faz com Malafaia, a familicia do Planalto e etc.
Esperança de ver tudo isto desaparecer é grande.
Entregar os pontos nunca.
Se eles gostam de poder, farra/fama e riquezas, optamos por liberdade, igualdade, justiça, empoderamento da ciência, enfim da Educação, amor ao próximo, compromisso social e tantos outros valores universais e cristãos.
Abraços, Geraldo!
Que o esgoto dê lugar às águas límpidas que merecemos para saciar com saúde nossa sede de um Brasil que abrace com zelo todos os seus filhos e suas filhas!