26 fevereiro, 2017

PAI, NÃO OS PERDOE, ELES SABEM O QUE FAZEM.



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São 04:00 da manhã de mais um sábado de carnaval. Perdi o sono, e ao ligar o rádio ouvi apenas o barulho dos tambores e das cuícas que ainda roncavam nas avenidas, e comecei a pensar no que Cristo diria se fosse crucificado novamente.
Acho que seria mais ou menos isso: “Pai, não os perdoe, eles sabem o que fazem”.
Quero deixar aqui um recado para quem vai se esbaldar nas ruas, nos clubes e nos sambódromos. Quando vocês estiverem vestidos de palhaços dançando e pulando para a alegria de uma minoria de milionários que sugam o dinheiro desse país, espero que se lembrem dos seus compatriotas que estão enterrados na lama fedorenta que a Vale fez questão de deixar correr na cidade de Brumadinho em Minas Gerais.
Ontem fui à igreja para novamente meditar sobre a crucificação de Jesus. Para convencer Pilatos a executá-lo os líderes dos judeus o acusaram de instigar uma rebelião contra os governantes romanos, e esse crime previa a pena de morte por crucificação. Pilatos entendeu que Jesus não tinha feito nada de errado, mas cedeu à pressão do povo e o mandou executar por ser ele o “rei dos judeus” (Marcos 15:12-15). Os judeus não queriam realizar a crucificação porque isso os tornariam impuros durante os próximos dias. Era a véspera da Páscoa, uma festa judaica muito importante e só quem estava puro podia participar dela (João 18:28),  por isso os soldados romanos crucificaram Jesus e ficaram de guarda até ele morrer.  Os líderes dos judeus não ajudaram, mas foram lá para zombar de Jesus.
“Pai, perdoa-os porque não sabem o que fazem”, foi isso que disse Jesus na hora da sua morte. Nossos pecados foram a verdadeira razão da causa da sua morte. (Hebreus 9:27-28). Foram os romanos que puseram os pregos em suas mãos, mas isso só aconteceu porque nós pecamos. 
Jesus morreu em nosso lugar! 
Nos dias de hoje o povo continua obedecendo e seguindo cegamente seus líderes ateus que acreditam somente no deus dinheiro e poder. Pessoas pobres financeiramente, de mãos dadas com os pobres de espírito saem pelas ruas vestidas de reis e de rainhas, mais uma vez fazendo papel de palhaços satisfeitos com o pão e circo que lhe é ofertado por quem os crucificam e matam seus sonhos cortando investimentos na área da saúde, da educação e da segurança, etc.  E quando essa farra passar milhares de foliões voltarão para suas casas para novamente reclamar das contas vencidas, pensar na aposentadoria que nunca chega, e com tristeza olharão para suas panelas vazias e para seus filhos famintos pedindo um pedaço de pão. E quando terminar essa apresentação esdrúxula e todos voltarem para suas casas lembrem-se dos milhões de desempregados que estão sendo massacrados e sem esperança de que a vida deles vá melhorar.
Parem para pensar! Será tudo vai se resolver depois que a cuica e os tambores emudecerem? 
Pensem bem! Não vai adiantar nada ir à uma igreja conversar com Deus, e se Crito voltar à terra Ele será  crucificado novamente e dirá para o seu Pai, "Não os perdõe, eles sabem o que fazem.
Os políticos corruptos voltarão de suas férias para continuar roubando os cofres públicos e assombrando ainda mais aqueles que, mesmo contrariados tiveram que tirar suas fantasias.

 

2 comentários:

  1. Geraldo, meu querido!

    Sempre atuais, infelizmente, seus textos.
    Esse foi escrito numa madrugada de sábado de carnaval, em k você perdeu o sono, enqto os outros foliões sambavam.
    Qtas verdades você aqui escreveu em fevereiro de 2017?

    Que triste é ver que há gente k não pensa, que não evolui.

    Beijos para todos. Dias felizes.

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  2. Uma utopia: se não existissem entre nós uma elite que fede tanto pelo que sempre se revela na história, o povo de Deus certamente brincaria com grande liberdade e gozo o carnaval. Do "pão do circo" passariam ao "pão da vida", que sem dúvidas nenhuma recheia-se também da graça de festejar o seu cotidiano.

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