Escrevi este texto em 2012.Clique no link para ver a reportagem:
Fui chamado a escrever textos sobre a
transformação das pessoas pela leitura ou pela música, e foi muito gratificante
cumprir esta tarefa.
Agora sou chamado a escrever sobre a
transformação pela política, e está sendo penoso ver o quanto ela é danosa com
as pessoas.
Quando um simples cidadão toma partido, é
explorado em todos os sentidos da sua vida. O estrago feito pela política na
cabeça das pessoas que não estão, ou que por um motivo ou outro não quis se
preparar para o poder, é algo digno de tratamento psicológico.
Isto é visível em todas as cidades.
Pessoas que nunca almejaram o poder, de repente
são lançadas no cerne da corrupção e se transformam completamente.
Deixam-se levar pelo brilho dos holofotes.
Em todas as campanhas eleitorais, uma obra de grande
importância para a população, que foi construída em gestões passadas, por sempre
é creditada ao partido que está saindo, e isto incomoda os que agora estão no
poder. Quando nova eleição
se aproxima, a simples lembrança desta obra incomoda, e sua paternidade é
lembrada pelo segmento que a construiu.
É por isso que por este país afora, obras faraônicas
estão sendo destruídas pelo tempo e pela depredação, e milhões de reais são
jogados fora e roubados pelos políticos sem escrúpulos.
Aqui em Betim – Minas Gerais este procedimento
ficou visível para quem enxerga com o olhar da razão, e não com o do fanatismo
político.
O grupo atualmente no poder precisa tomar uma
providência, e sem mais nem menos, abandona a obra anterior e trata de
construir outra para ofuscar a importância da primeira.
O que machuca os que se preocupam com o social é quando esta obra é um hospital.
O que machuca os que se preocupam com o social é quando esta obra é um hospital.
É preciso ter algo para chamar de seu!
O dinheiro gasto na nova obra não poderia ser
usado para equipar o existente?
Não!
A política não permite!
A política não permite!
Não se pode melhorar o que foi construído pelo
adversário.
E novamente o povo é esquecido.
E mais uma vez o povo é enganado com uma obra
eleitoreira, que com certeza será usado como moeda de troca na próxima eleição.
O poder inebria.
Ser bajulado de verdade ou de mentira, mexe com o
emocional, e o cidadão comum, como se fosse num passe de mágica se transforma
no político que precisa manipular todos ao seu redor.
O mais cruel nesta ciranda de idiotices, é que
tem sempre o mais esperto que controla o manipulador.
Isto é visível.
Isto é visível.
Basta olhar para as obras.
Basta olhar para as atitudes.
Muitas vezes presenciei ordens serem dadas para
que cirurgias fossem canceladas, pasmem, pela falta de um fio cirúrgico
que não foi comprado, a alegação era falta de verba, e de repente, sem mais nem menos o
dinheiro aparece para uma nova construção.
É isto que assusta!
É isto que incomoda.
Espero sinceramente que nos próximos anos, eu
descubra que estava enganado ao escrever este texto, e com muita satisfação,
reservo uma linha aqui abaixo para escrever: Eu me enganei.
Betim, nove de
novembro de 2016, infelizmente não me enganei, o político retratado neste
texto, deixou de ser o queridinho da cidade e se transformou apenas em mais um, como muitos e muitos outros espalhados por este país das FALMACUTAIAS.
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