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Escrevi este texto em dezembro de 2010.
Desde o início de
dezembro fortes chuvas têm atingido o Sudeste trazendo destruição e
transformando paisagens urbanas em cenários de devastação. Em Minas Gerais, os dados da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil apontam que 130 municípios
foram afetados e que 84 já se encontram em Situação de Emergência.
Em termos de
bacias hidrográficas, as mais afetadas são as dos rios Doce (leste), Grande
(sul do estado) e Paraíba do Sul (Zona da Mata).
Ao todo, o estado registra 1,2
milhões de pessoas atingidas pelos eventos críticos.
Ah!
Como eu queria falar de alegria.
Ah!
Como eu queria ver sorrisos estampados no semblante das pessoas.
Sinto-me
impotente!
Sou obrigado retratar a tristeza estampada no rosto de milhares de
brasileiros que viram suas vidas viradas ao avesso ao verem tudo que construíram
durante uma vida inteira sendo arrastado pelas águas, ou debaixo de escombros.
Vidas...
Viradas ao avesso pela fúria da natureza.
Viradas
ao avesso pela inércia do poder público.
Viradas
ao avesso graças ao nepotismo e a falta de compromisso da grande maioria dos
políticos cujo único pensamento é aumentar sua conta bancaria e seu poder.
E para conseguirem roubam o sonho de quem suou e chorou lagrimas de sangue para construir algo com
seu trabalho.
E
roubam o último suspiro de vida dos mais pobres.
Fico
constrangido ao escrever sobre a dor, talvez porque ainda não tive experiências de dores
intensas, nem na ocasião da morte dos meus pais que foram encaradas como um
fato natural.
Não sei
qual das dores é a pior.
Se
física, ou mental.
Tenho a
impressão que a dor mental é mais terrível.
Mesmo quando o corpo ainda consegue se movimentar
de um lado para outro, a dor da tristeza impede que seu pensamento seja claro,
e com isso homens e mulheres de todas as idades vagam pelas ruas como zumbis.
Sei que
as câmeras de televisão com toda a tecnologia, não conseguem captar toda a dor
que assola o mundo.
Elas
nos mostram rostos desfigurados.
Deserdados
e desgraçados que não sabem para onde ir.
Dor que
assola o mundo!
O
mundo, com a terra com sua natureza praticamente toda destruída e se
mexendo para novamente ocupar os espaços invadidos por pessoas inescrupulosas e gananciosas
que só pensam no lucro.
O
mundo, a terra, a natureza,
Devolvendo
em dobro as agressões sofridas ao longo dos séculos, sempre em nome do
progresso.
Não
quero, mas preciso relatar a tristeza.
Meus
olhos começam a lacrimejar diante da miséria de muitos esfregadas na cara de
todos nós. A grande maioria dos atingidos pela tragédia, como não poderia
deixar de ser, foram e serã sempre os mais pobres.
Políticos sobrevoam as áreas afetadas, alguns
visitam pessoas e locais atingidos.
E em sua grande maioria, torcem para que novas
tragédias aconteçam, principalmente em ano eleitoral para tirarem proveito com
promessas e compra de votos.
Os acontecimentos se atropelam, tivemos que
esquecer o sofrimento interno e nos mirar e sofrer junto com o povo haitiano com imagens terríveis de corpos espalhados pelo chão como um lixo fedorento que ninguém
quer recolher.
Ainda
não sofri na pele nenhuma dor mais intensa, mas não consigo ficar impassível diante de tanto
sofrimento retratado nas imagens que mostram apenas o corpo e me obrigando
entrar no íntimo de cada um para tentar entender como será possível assimilar
tamanha tristeza e devastação de bens e de almas.
São
04.00 da manhã, hora de dormir, as imagens chocantes de abandono total ainda inundam
minha mente e me impele a escrever.
Descrever.
A dor.
O
sofrimento.
Alguns
aproveitadores dirão que é castigo, outros dirão que é coisa do destino, ou que
o mundo está acabando.
Os
sobreviventes dirão que foi um milagre.
Mas eu
não vi a presença de Deus nos olhares vazios e perdidos no nada.
Talvez
seja a dor que me faça sentir assim, mas não posso aceitar um Deus sentado em
um trono esperando almas para colocar no céu.
Prefiro
pessoas vivas lutando para construir seu paraíso.
A
alegria também está de recesso e a tristeza será esquecida daqui a uns dias
quando o carnaval invadir a ruas das cidades.
Ah! Como eu queria
falar de alegria.
Ah! Como eu queria
ver muitos sorrisos estampados no semblante das pessoas.
Mas sinto-me impotente!
Sou obrigado
retratar a tristeza estampada no rosto de milhares de brasileiros e brasileiras
que viram suas vidas viradas ao avesso ao verem tudo que foi construído durante
uma vida inteira ser destruído por dois vírus, O Corona Vírus, e o Coronanaro.
Vidas!
Viradas ao avesso pela fúria do Corona Vírus vindo da Coréia.
Vidas!
Viradas ao avesso pela inércia de um presidente que tem um único objetivo: o de
se livrar e livrar seus filhos, parentes e amigos das garras da justiça.
Vidas!
Viradas ao avesso graças ao nepotismo e a falta de compromisso da grande
maioria dos políticos, cujo único pensamento é aumentar sua conta bancária e
seu poder, roubando também o sonho de quem suou e chorou lagrimas de sangue
para construir a riqueza deste país.
Políticos que roubam
também o último suspiro de vida dos mais pobres.
Fico constrangido
ao escrever sobre a dor.
Ainda não tive
experiências de dores intensas.
Nem na morte dos
meus pais que foram encaradas como um fato natural e irreversível.
Não sei qual das dores é a pior, se a física ou a mental.
Tenho a impressão de
que a dor mental é mais forte porque ela provoca muitas tristezas impedindo que
o pensamento seja claro, fazendo com que homens, mulheres e jovens vagueiem
pelas ruas como zumbis
Alguns fugindo do
Corona Vírus.
Muitos fugindo do
bolsonaroVirus
Sei que as câmeras,
nem com toda a tecnologia conseguem captar toda a dor que assola o mundo, que
afeta ainda mais o nosso país desgovernado.
Elas nos mostram
rostos desfigurados de pessoas que se sentem deserdadas sem ter a quem recorrer
Dor que assola.
Esfoliado por
políticos corruptos e empresários gananciosos que se aproveitam das compras sem
licitações para engordar ainda mais suas contas bancárias, e a de seus
familiares e comparsas.
Não sei o que
escrever.
A tristeza me
consome a cada notícia do aumento do número de mortes, principalmente das
pessoas mais vulneráveis.
Fico vendo centenas
de pessoas morrendo todos os dias por culpa única e exclusiva de um presidente
que não estava, e nunca vai estar preparado para nos governar.
Fico vendo milhares
de filhos, pais, mães, netos, tios, primos, avós e amigos gritando de
desespero, chorando de dor, por culpa única e exclusivamente de um presidente
alçado ao poder pelo voto de pessoas violentas ou incrédulas.
Meus olhos começam a lacrimejar diante da miséria de muitos esfregadas na
minha cara. A grande maioria dos atingidos pela tragédia, como não poderia
deixar de ser, foram os mais pobres. E os que não tiveram a sorte de
serem levados pelo vírus, agora choram de fome junto com seus familiares.
E muitos choram de tristeza por se sentir abandonado pela elite, pelos
políticos, e principalmente pelo presidente que brinca de governar.
Nunca tinha visto
de perto tanta dor e não consigo ficar impassível diante de tanto sofrimento
retratado nas imagens de pessoas sendo enterradas sem que seus familiares
possam sequer lhes prestarem uma última homenagem.
Preciso parar de escrever.
Tento me relaxar um
pouco, mas as imagens chocantes de abandono total de um país inteiro
continuarão martelando na minha mente.
Enquanto o
bolsonaro-Vírus não for tirado do poder e escondido em uma cela de prisão, e
o Corona Vírus ser erradicado para que todos os brasileiros voltem a sorrir.
Ainda vamos ver
muitas pessoas com suas vidas viradas ao avesso.
nesse brasil sem governo e sem lei.
Ano de 2020
Olá Geraldo,
ResponderExcluirBela crítica social e económica.
Também não gosto de Carnaval. É muita fantasia, para ocultar realidades tão sérias e graves.
Como Católica, espero, que um dia tudo mude.
Mas, até lá, muita gente vai sofrendo.
Me dizem, que o mal no mundo é obra de Satanás. Será?
Abraços de luz.