Mais um ano está indo embora
E tudo foi como no outro que passou
E será exatamente igual
No fim do ano que se aproxima
O espetáculo não pode parar, e o
circo chamado Brasil sempre estará armado.
As falmacutaias foram sufocadas pelas
compras apressadas
Os roubos são coisas do passado, é
preciso estourar o limite do cartão.
Os políticos estão de férias.
Merecidas...
Presentes sem carinho
Religiosidade aflorada,
Oferenda aos orixás
Aniversariante esquecido.
A fé está de férias.
E os dias engolem o
ano, mostrando a verdade nua e crua do abandono, que queima ônibus, e
pessoas que trabalham e pagam impostos, que votam em um sacana a troco de
qualquer coisa,
Ou de coisa nenhuma
Esfrega na cara do governo a
falta de governo.
Humilha a justiça
Que humilha os pobres
É tempo de férias.
Da justiça
Da lei
Dos pregadores de todos os
credos.
Com programas de televisão reprisando
a vergonhosa venda de milagres.
Que não acontecem nas ruas
A cidade fica sem dono
Ou será que o seu verdadeiro dono
aparece?
E não tira férias!
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