Algumas palavras deveriam ser banidas do vocabulário,
e de todos os dicionários do mundo.
A palavra GRATIS deveria ser a primeira. Vocês conhecem alguém que deu ou recebeu alguma coisa realmente de graça? Não estou falando das instituições de caridade e nem das pessoas caridosas.
A palavra GRATIS deveria ser a primeira. Vocês conhecem alguém que deu ou recebeu alguma coisa realmente de graça? Não estou falando das instituições de caridade e nem das pessoas caridosas.
Nas prateleiras dos supermercados é comum vermos
anúncios como este: Compre quatrocentos (400) gramas e leve quinhentos (500)
gramas. Isto pode ter algum fundo de verdade? Que empresa colocaria sua linha de produção para
fabricar qualquer produto para ser distribuído em todos os locais de venda do
país, sem realmente ganhar nada em troca? Quem coloca sua linha de produção para trabalhar de graça? Será que gostam tanto assim do consumidor?
As empresas de telefonia então, devem achar que
nós brasileiros somos todos idiotas, e devemos ser mesmo. Pois a menos que
alguém me prove o contrário, de cada dez aparelhos habilitados, sete não servem
e não são usados para nada importante. Uma
criança de sete anos precisa de um celular, para quê? Simplesmente para deixar de ser criança! Os
anúncios então. Só faltam nos colocar um nariz de palhaço. Habilite uma linha e
ganhe o aparelho de graça, ou fale tantos minutos sem pagar. E tem gente que acredita! As multinacionais vieram para o Brasil e compraram
nossas empresas a preço de banana, agora estão com a consciência pesada e
querem se redimir? Pelo que me
consta, elas vieram porque aqui é o paraíso das tramoias e das
falmacutaias.
Outra palavra que me irrita é: DESCONTO.
Placas e cartazes oferecendo descontos de até
oitenta (80) por cento é uma afronta à inteligência dos consumidores. E
tem gente que acredita! E muitos gostam! Que fábricas, principalmente as de roupa e calçados,
podem vender com tanto desconto, se o ano inteiro juram estarem no
vermelho? Os profissionais de
orçamento e de compras são tão competentes assim, que conseguiram desconto tão
grande dos seus fornecedores de matéria prima?
Ou os profissionais de criação, vendas e
marketing são tão incompetentes, que fabricaram mais do que podiam vender, e
precisam distribuir o produto de graça para liberar espaço nas prateleiras?
Façam-me o favor...
O absurdo é o treinamento que os vendedores
recebem, para tentar nos convencer que sua empresa consegue fabricar um produto
para nos vender em dez pagamentos, ou à vista, pelo mesmo preço.
Isso é simplesmente uma idiotice. De quem diz. E
de quem acredita.
Certa vez, ao comprar um eletrodoméstico, o
vendedor de uma das maiores redes do país tentou me provar que isso era verdade.
Então comprei em dez pagamentos, e sem sair da loja, me dirigi ao caixa e
liquidei todas as prestações. Com isso tive um desconto dez por cento, que foi
concedido por ter pago as prestações antes do vencimento. E muita gente
chama isso de desconto.
Eu chamo de roubo.
Portanto, em se tratando de compra e venda, não
existe nada grátis, e empresa nenhuma dá qualquer tipo de desconto.
Pode acontecer de alguém doar alguma coisa.
Isso é filantropia.
Caridade.
Quem recebe, não poderá nunca dizer que recebeu de graça.
Quem recebe, não poderá nunca dizer que recebeu de graça.
Pois a graça vem do céu para quem recebeu, e mais
ainda, para quem doou.
De graça mesmo só o que vem do alto, e desconto
quem dá é Deus, e há muito tempo, senão já teria acabado com esse mundo.
Quem ler esse texto, não o recebeu de graça, no
mínimo, estará pagando a energia elétrica consumida pelo computador.
Grande voz de Betim, uma bela cronica sobre a fantasia em tempo de folia,que vendem barato em qualquer esquina, mas que no fundo paga-se caro mesmo. Um belo texto para esta onda de mentiras, que nos tira o sossego com tantos telefonemas vendendo facilidades e maldades, que sempre acabamos por cair.
ResponderExcluirNada vem de graça mesmo amigo.
As armadilhas estão prontas.
Meu abraço.