De cima da ponte, com tristeza
Observo o rio da minha infância, que agora passa calado
Sua água já não corre, e não canta mais sobre as pedras
O som que me acalmava os nervos se calou
Os animais foram expulsos do seu leito sagrado
Pelo lixo dos humanos e pela degradação da sociedade
E onde corria um rio caudaloso de águas cristalinas
Agora corre a ignorância que matou a fauna provocando desolação
Água limpa, pura e casta, com árvores no seu entorno
São apenas sinais de tristeza e dor, trazendo vagas lembranças
Porque o ser humano ao não respeitar a natureza
Junto com ela, agora morre de sede, e sem esperanças
De voltar a viver
Cercado de córregos, lagos, rios e nascentes.
Que agora são privilégios de lugares mais distantes
Das grandes cidades, com seus mananciais de águas agonizantes.
Somos água
É pena, que não se pense que a água faz parte da nossa nascença e da nossa presença na Terra.
ResponderExcluirFelicidades
Cidália Rodrigues
Um grito que deve ecoar pelas florestas, entrar pelas grutas, passar pelas estradas e invadir as avenidas asfaltadas que levam todos seus dejetos para o colo do rio, que tudo aceita calado, indignado com a ação humana.Não verás rio nenhum daqui a alguns anos, apenas valas vazias, fétidas a retratarem a ignorância humana.
ResponderExcluirSalvem os rios, mas eduquem o homem.
Abraços.