PARA QUE VOTAR EM VEREADOR, ELES SERVEM PARA QUÊ? |
Publiquei este texto em 2007 quando tive o prazer de dirigir o LAR VICENTINO DIVINO FERREIRA BRAGA.
Como podem perceber, o tempo passa, mas o poder público que deveria cuidar do povo,com seus políticos coruptos e ladrões, continuam roubando a verba que poderia salvar a vida de muita gente e assim, evitar que muitas famílias fiquem jogadas nas sarjetas da miséria e do esquecimento.
Sou radicalmente contra a violência e todo tipo
de discriminação, mas ao longo da minha vida presenciei todo tipo de sacanagem e
de desrespeito contra a dignidade das pessoas mais pobres. Esta semana foi a mais dolorosa: pude perceber nitidamente
o que está causando tanto sofrimento, então pude ver de perto e presenciar com
indignação a violência gratuita que está se alastrando por este país afora.
Levei morador do asilo que administro para ser atendido em uma UAI - Unidade de
Atendimento Imediato, cheguei com o mesmo às 9,00 da manhã, e foi a óbito as
17.30 sem que nenhum médico se desse ao trabalho de chegar perto daquele corpo
quando ainda esboçava um resquício de vida.
Hoje fui ao mesmo local com outro morador, e vi
com tristeza a revolta de mães desesperadas, mais de sessenta crianças estavam
esperando atendimento. Mães aflitas e pais desnorteados sem saber a quem pedir
socorro. Uma delas com o filho no colo há mais de 5 horas, estava se sentindo
um lixo humano, porque menino estava ardendo com uma febre de quarenta graus e
mesmo assim não quiseram atendê-lo como emergência.
Para estes anjinhos sofredores apenas um Pediatra
de plantão.
Na política isto e natural.
Na caridade e na falta de humanidade isso é incompreensível.
Na saúde isto é um absurdo
O pobre só tem acesso a
um espaço público na hora da dor, e mesmo assim para sentir na pele e na alma o
estrago que o poder público faz na sua e na vida daqueles que ama, com a
tremenda sacanagem que é a falta médicos, enfermeiros, auxiliares e técnicos.
A “idade é pobre” e não pode contratar, alegam os
políticos sacanas, que em sua grande maioria roubam o dinheiro que deveria ser
usado para evitar que esta vergonha fosse rotina na vida daqueles que trabalham
honestamente.
E depois querem um povo calmo e passivo.
Já passou da hora da periferia se revoltar.
Faltam profissionais para acolher o usuário do
Sistema Único da Sacanagem na hora do sofrimento e da dor, porque é preciso
empregar cabos eleitorais sem função e dar cargos para políticos fracassados, que foram candidatos apenas para ajudar eleger o
sacana que iria lhe arrumar uma “boquinha”
Estes sanguessugas que “trabalharam” na campanha,
e agora ficam coçando o saco dentro de uma sala que não tem sequer uma mesa e
cadeira para estes “profissionais” sem função se sentarem, mas também não
precisa, a maioria nunca aparece e o salário roubado cai direto na conta. A lei
de responsabilidade fiscal (que como tantas são apenas de brincadeira)
estabelece um limite de gasto para a folha de pagamento, mas em todos órgãos de
qualquer escalão, de todos os governos, gavetas estão cheias de contracheques cujos
donos sequer se dão ao trabalho de busca-los, pois, o dinheiro do “trabalho
suado” cai direto na polpuda conta bancária de quem não trabalha. Em todas as cidades deste país sacana,
a desculpa dos assassinos de pessoas inocentes, cujo único crime foi votar em
político sacana, é que a ‘saúde é ruim em todo o país’.
O dinheiro dos impostos e das grandes empresas
estatais deste país sacana nunca deveria ser chamado de Dinheiro Público. Se assim fosse público deveria ser
usado para dar dignidade ao povo, mas é prioridade de muitos ladrões de gravata
que engordam suas polpudas contas bancárias, constroem império e escondem
milhões em paraísos fiscais para garantir o futuro dos herdeiros da sacanagem,
que com certeza também farão mestrados nas Falmacutaias, mesmo que para isso
tenha que morrer milhares de pessoas na porta e dentro dos hospitais público
É assim que se formam os criminosos de amanhã.
E assim estes ladrões de gravata vão dando sua
grande parcela de culpa no aumento da violência e da criminalidade.
Deixando uma unidade de atendimento de emergência
sem médico, deixando as prateleiras dos almoxarifados sem material médico e sem
medicamentos, vão matando silenciosamente aqueles que um dia tiveram a
infelicidade de eleger assassinos para governar as cidades, os estados e o país
O que me deixa estarrecido é saber que até mesmo o
filho de uma égua que frequentava estes “infernos” antes de se eleger e que ao
receber o diploma, fez o juramento de Hipócrates e jurou defender a vida como
uma dádiva de Deus, depois de eleito, alia-se à corja dos que nunca precisaram
usar o “desserviço” público de saúde, que nunca ouviram seus filhos chorarem de
dor, sem nem mesmo um estagiário para lhe receitar uma Dipirona. E dentro dos
gabinetes, com raríssimas exceções, fazem mais uma reunião para decidirem quem
vai ficar com a maior parte o dinheiro da propina das licitações fraudulentas
que impedem a chegada do material médico e dos medicamentos que salvariam a
vida de milhares de inocentes.
E quando a violência explode, é preciso matar
aquele que conseguem sobreviver ao campo de concentração em que se
transformaram os hospitais público, que deveriam cuidar da vida dos herdeiros
da miséria.
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