Escrevi este texto em 2006, parece que o Papa
Francisco veio realizar a Reconstrução)
Estou sozinho, sentado confortavelmente
em minha cozinha, tomando um café enquanto os três filhos brincam com o
computador, é tarde/noite de feriado e minha esposa foi à igreja.
Deu uma vontade danada de escrever alguma coisa.
Deu uma vontade danada de escrever alguma coisa.
Estou precisando escrever algo que não
lembre nada ruim!
Hoje é dia de Corpus Christis.
E a vontade de escrever foi na verdade
a maneira que encontrei para reabrir um canal entre mim e o Criador, há muitos
dias interrompido.
Preciso conversar com Ele!
Na verdade, preciso fazer a pergunta
que São Francisco fez:” Senhor o que queres que eu faça”?
Longe de mim querer imitar o Santo que
mais imitou o Cristo.
Longe de mim querer ouvir a mesma
resposta de Deus.: “Vai e reconstrói a minha Igreja".
Que esta Igreja está precisando de uma
nova reforma não resta a menor dúvida.
Que esta Igreja está precisando de
novos Franciscos e Luteros para novamente ganhar contornos de “Igreja Santa e
Pecadora” não resta a menor dúvida.
Ela precisa deixar de ser “a minha”
Igreja, para ser a casa de todos.
É preciso que a casa do Pai ganhe uma roupagem
nova para que não seja a Igreja do Pastor, do Padre, ou do Rabino, do Ancião,
ou do Papa.
O templo do Espírito Santo está vazio e
sentindo-se abandonado, chora de fome, de frio e de sede, principalmente de
justiça, e isso muitas vezes leva-o a pensar que Deus o abandonou.
Deus não abandona.
Deus é deixado de lado todas as vezes
que alguém comete um ato de injustiça, contra quem e o que for.
Que está na hora de tirar a tinta
velha, e dar uma nova textura na maneira de enxergar o Cristo que continua
sendo crucificado todo dia, também não resta a menor dúvida.
Ele é Pai, Filho e Espírito
Santo.
Ele é mãe.
É no seio desta família que todos
precisam aninhar-se, ela está de portas abertas para receber os que estão
aflitos, os corações que sangram, e as almas que clamam por justiça.
Hoje mais do que nunca eu preciso falar
com Deus.
Não para pedir!
Para agradecer.
Tudo que tenho, e tudo que não
conquistei porque não pude, ou não tive competência para conquistar.
Agradecer por estar vivo.
Tendo a coragem de colocar minhas
ideias a serviço dos irmãos menores.
Como não tenho a pretensão de conseguir
imitar São Francisco...
Como não posso sequer olhar para Maria,
sem sentir-me pequeno e pecador, resta-me repetir suas palavras: “Faça-se em
mim a Sua vontade”.
E pedir que me dê sabedoria e
discernimento para ouvir quando Ele falar por outras bocas, que eu possa
emocionar-me quando O enxergar no sorriso de uma criança, ou na rabugice de um
velho que parecendo saber chegar sua hora, começa a agir como criança, para
colocar-se novamente no colo de quem Se doou por inteiro. “Deixai vir a
mim as crianças, porque delas é o reino do céu”.
Pedir que não me deixe ficar indiferente, e quando nada mais puder fazer, possa
pelo menos chorar ao vê-Lo.
Não crucificado.
Mas de todas as formas que se apresenta
nos pedindo para segui-Lo.
Em corpos de homens, mulheres e
crianças.
Na agonia das nascentes de águas
cristalinas que estão sendo mortas em nome do progresso.
Quero ouvir ecoar todos os dias a mesma
pergunta feita a Francisco.
Todos os dias perceber que estou
devendo uma resposta para Deus
Olá, Geraldo!
ResponderExcluirTudo bem com você, filhos e esposa? Aqui, tudo satisfatório.
Seus textos, mesmo que os tenha escrito há 10 dez estão, infelizmente sempre atuais.
Concordo com você: a Igreja, em geral, precisa de ser renovada. Cada um de nós, tem de fazer a sua parte.
Agradeço visita e comentário.
Abraços.
Olá, Geraldo!
ResponderExcluirDe férias? Se assim for, que sejam mto boas.
Abraço com amizade.