PODE NÃO PARECER, MAS É UM SER HUMANO |
O que é uma folha ou um pequeno
ramo arrancado de uma árvore qualquer plantada em uma calçada de uma cidade
grande? Simplesmente uma folha?
E se essa folha foi entregue por
um mendigo sentado perto de um luxuoso shopping
que a entrega para todas as
pessoas que passam, ainda assim seria somente uma folha?
Ou um presente?
Não sei se ele é um preto velho
sujo ou um velho sujo e preto que pelo seu aspecto de abandono parece ser a
água sua pior inimiga.
A vida é sua pior inimiga!
A sociedade é sua maior
inimiga.
Ele vive arrancando galhos e
folhas das árvores ao redor e sem dizer uma palavra distribui pequenos pedaços
de uma natureza morta para todos que passam na “sua” calçada.
Não sei quem é mais morto, se
ele, a folha, o ramo, a árvore, ou a natureza como um todo.
Não sei quem é mais
singelo.
Mais puro.
Mais místico.
Mais santo.
Ele, a árvore, o ramo, a folha,
ou a natureza repartida por ele, e agredida por muitos.
Aquilo era apenas um gesto talvez
sem nexo, de alguém que já perdeu tudo ou de alguém agredido pela ganância de
quem tem tudo e um pouco mais.
Estou escrevendo segurando a
folha em minhas mãos. Recebi este presente de manhã quando ia para o trabalho e
agora ela está murcha, mas ainda exala cheiro de vida.
Vida que quem a distribui não
conhece.
Não sei por quanto tempo vou
guardá-la, sei apenas que para mim foi um lindo presente de quem não
tinha nada para dar e que pediu licença ao Criador para repartir um pouco da
natureza antes que ela desapareça engolida pela ganância e pela cobiça. Antes
que ela desapareça por culpa da inércia de governos e da insensibilidade das
pessoas que fazem do nosso planeta um lixão a céu aberto. Recebi esse presente
há mais de sete anos, mas sempre volto a me lembrar da folha quando varro a rua
em frente à minha casa impedindo que as folhas secas sejam levadas para dentro
do esgoto.
Aquele presente não foi apenas
uma folha, mas um pedaço da natureza distribuído por alguém que perdeu o
direito de viver dignamente no meio dos humanos de quem ele deveria ser imagem
e semelhança.
E se essa folha foi entregue por um mendigo sentado perto de um luxuoso shopping
que a entrega para todas as pessoas que passam, ainda assim seria somente uma folha?
Ou um presente?
Não sei se ele é um preto velho sujo ou um velho sujo e preto que pelo seu aspecto de abandono parece ser a água sua pior inimiga.
A vida é sua pior inimiga!
A sociedade é sua maior inimiga.
Ele vive arrancando galhos e folhas das árvores ao redor e sem dizer uma palavra distribui pequenos pedaços de uma natureza morta para todos que passam na “sua” calçada.
Não sei quem é mais morto, se ele, a folha, o ramo, a árvore, ou a natureza como um todo.
Não sei quem é mais singelo.
Mais puro.
Mais místico.
Mais santo.
Ele, a árvore, o ramo, a folha, ou a natureza repartida por ele, e agredida por muitos.
Aquilo era apenas um gesto talvez sem nexo, de alguém que já perdeu tudo ou de alguém agredido pela ganância de quem tem tudo e um pouco mais.
Estou escrevendo segurando a folha em minhas mãos. Recebi este presente de manhã quando ia para o trabalho e agora ela está murcha, mas ainda exala cheiro de vida.
Vida que quem a distribui não conhece.
Não sei por quanto tempo vou guardá-la, sei apenas que para mim foi um lindo presente de quem não tinha nada para dar e que pediu licença ao Criador para repartir um pouco da natureza antes que ela desapareça engolida pela ganância e pela cobiça. Antes que ela desapareça por culpa da inércia de governos e da insensibilidade das pessoas que fazem do nosso planeta um lixão a céu aberto. Recebi esse presente há mais de sete anos, mas sempre volto a me lembrar da folha quando varro a rua em frente à minha casa impedindo que as folhas secas sejam levadas para dentro do esgoto.
Aquele presente não foi apenas uma folha, mas um pedaço da natureza distribuído por alguém que perdeu o direito de viver dignamente no meio dos humanos de quem ele deveria ser imagem e semelhança.
Que gesto tão humano, Geraldo! Parabéns!
ResponderExcluirAbraço.