EU PREFIRO ASSIM, E VOCÊ? |
SERÁ ESTE O FUTURO DO SER HUMANO? |
Sou avesso às
tecnologias que abafam sentimentos, separam pessoas, e criam cada vez mais
jovens e adultos estressados, neuróticos. e solitários. Podemos afirmar sem
medo de errar, que a maioria das pessoas se deixam escravizarem pelos apelos da
propaganda que induzem ao consumismo, e pelas conversas muitas vezes
desnecessárias nas redes antissociais.
As pessoas
continuam andando apressadas sem olharem para os lados. A impressão que se tem
é que todos estão “protegidos” dentro de uma bolha, hipnotizados pelas imagens
e mensagens que chegam a todo momento em seus aparelhos, e embalados pelo
barulho que vem dos fones de ouvido.
Não vivo sem
celular! Esta frase é repetida milhões de vezes em todo o mundo.
Um dia sem
internet? Isso é inadmissível, e o que é pior, não é apenas para o sistema
financeiro, para a indústria, ou para o comércio. A grande preocupação é que um
dia sem internet pode provocar uma comoção mundial onde milhões de pessoas
sofrerão um surto de comportamento, sem sombra de dúvida, idêntico à
esquizofrenia.
Isso preocupa.
Este comportamento enche de tristeza o meu coração.
Fico pensando,
se a raça humana não está muito perto do fim. Porque a cada dia que passa, o
ser humano está perdendo de vez a capacidade de amar e de se relacionar-se uns
com os outros. Com esse comportamento está afastando-se do seu semelhante,
ficando claro que com toda a tecnologia que supostamente veio para melhorar a
vida das pessoas, o medo e a solidão são sem dúvida as grandes barreiras a
serem superadas.
Com a natureza
e a fauna, está claro que não existe mais nenhum tipo de relacionamento,
matamos a maioria dos animais, destruímos as árvores, secamos nascentes, rios,
lagos e lagoas.
Faço parte de
uma geração que está despedindo-se do mundo. Infelizmente tenho a impressão que
não estaremos sozinhos na hora do réquiem. Milhares de pessoas estão matando e
morrendo em uma guerra urbana que dizima, principalmente, os mais jovens que
estão deixando-se dominarem pelos aparelhos que os escravizam, e pelas drogas
que os liquidam. Estamos assistindo pais não querendo mais ouvir gritos, birras
e manhas, comportamentos naturais de uma criança. Para isso colocam em suas
mãos, aparelhos telefônicos, tabletes, e outras geringonças eletrônicas, para
que fiquem comportadas e parem de “perturbar’ os que não sabem mais o que é
trocar meia dúzia de palavras. Que também ficam presos a um teclado recebendo e
enviando mensagens. Compartilhando futilidades, deixando de lado o contato
físico e visual com seus entes queridos.
É esse
compartilhamento de amor, ternura, amizade, e entrega de corpo, alma e coração que
está faltando dentro dos lares e desestruturando totalmente o elo familiar. A
tecnologia da informação é mutante, cada dia surge um novo aparelho, um novo
aplicativo, e as pessoas vão deixando-se programarem e tornando-se cada vez
mais artificiais.
Sou chamado de
ultrapassado por não ter me rendido à tecnologia escravizante.
Estão lançando
um novo aplicativo para facilitar a interação das pessoas dentro de um bar, restaurante,
shopping, boates ou qualquer lugar de aglomeração. Os amantes dessa tecnologia
estão achando uma maravilha. Estão felizes porque basta a pessoa cadastrar seu
perfil e o computador vai buscar outra com comportamento semelhante, para que
possam se relacionarem. E onde fica a conversa e o encantamento do
relacionamento olho no olho? E a magia do flerte quando dois olhares se cruzam?
A frieza de
uma máquina não vai conseguir substituir a amizade, o carinho, a doçura e o
amor, e até mesmo a insensatez e a intolerância do ser humano. A cada geringonça nova que surge, meu coração
perde um pouco seu compasso, e a minha consciência leva-me a procurar cada vez
mais por Deus que está sendo substituído por um chip qualquer.
Agora estamos
à mercê da inteligência artificial.
As máquinas
estão conseguindo copiar os humanos, tornando-se donas de seus movimentos e das
suas próprias ações.
E o que temos
hoje de sensibilidade, carinho e ternura que as novas tecnologias poderão
copiar?
Nada!
Máquina não
ama.
Então o que
ela vai formatar?
A maneira de
ser insensível e egoísta que nos faz esconder atrás de um monitor. Cuidar mais
e melhor dos animais, a ponto de relegarmos a segundo plano o contato com
nossos semelhantes.
Aqui está a
razão da minha preocupação e do meu medo: Não vou estar nesse mundo para
assistir esta aberração, mas fico triste só de imaginar minha futura geração sendo
dominada por um punhado de plásticos e parafusos, por uma placa mãe que não armazena
emoções, por uma memória ram que não guarda saudade, e por um Chip que será a
algema os impedindo de viverem.
Grande Geraldo, tudo bem? Boa noite!
ResponderExcluirAgradeço por sua visita e pelas palavras deixadas lá no meu cantinho que anda em silêncio... A rotina me afastou bastante do blog, mas da essência das palavras jamais (risos). Tenho dois textos para postar, mas ainda não parei para me dedicar neles com afinco e, assim, editar e publicar. Por enquanto, tem prevalecido apenas alguns versos avulsos.
Bom, sobre seu texto, acho que o tema é bastante crítico. Hoje, por mais incrível que possa parecer, os amigos mantém um diálogo de horas, através da tela do celular, sendo que ele mora na casa ao lado. Perdeu-se o sentido do vínculo da boa prosa, ninguém tem mais tempo para nada, a vida virtual parece ocupar mais que a vida sociável. Por outro lado, é inegável o avanço que tudo isto causou sobre o mundo, como um todo. Enfim, mas há seus prós e contras e seria injusto apenas condenar.
É isso mesmo, Geraldo. O mundo, as pessoas, a família já não fala, já comunicam entre si. Têm o celular na mão em tudo o k é lugar e pode até cair uma bomba que não dão por nada.
ResponderExcluirAs máquinas têm suas utilidades específicas, mas a culpa não é delas, mas das atitudes e do desenfreado apego do ser humano.
Aquele abraço!