A cada dia que
passa, por mais que eu não queira bate uma preocupação danada com o futuro
deste mundo e desta geração fone de ouvido movida a aparelhos eletrônicos. Quando
estou fazendo minha caminhada rotineira ouço a sirene da escola anunciando aos
alunos que está na hora de entrar para a sala de aula. Enquanto caminho vou
encontrando meninos e meninas indo para a escola sem a mínima preocupação com o
tempo, alguns acompanhado pelos pais, mães, e muitas vezes pelas avós, e ambos sem
se importarem se vão ou não chegarem atrasados. Alguns vão se arrastando como
se estivessem fazendo o maior sacrifício das suas vidas. Chego a sentir pena
vendo esses jovens com o semblante parecendo com os de um boi que vai para o
abate. Outros, que não estão acompanhados, visivelmente estão “matando aula”, e
ficam perambulando pelas praças e ruas até chegar a hora de irem para casa,
agindo como se tivessem frequentado as aulas. Fiquei observando meninos e
meninas com mochilas nas costas, muito longe das escolas.
Entrei em um
parque público. A visão foi a mesma. Lá os jovens são mais ousados, afinal
estão protegidos pelo famoso “poder público”, que deveria estar cuidando do
bem-estar desses jovens. Garotas e garotos se esfregando pelos quatro cantos de
um parque, ostentando o uniforme de uma escola.
Responsabilidade
de quem? Certamente dos pais que jogam a culpa na correria do dia a dia e na
necessidade de trabalhar, cuja maioria diz não ter tempo para conversar com
seus filhos.
Mas uma olhada
rápida nos cadernos pode ser feita a qualquer hora. Isso acontece? Quase nunca!
A maioria dos pais sabem que os filhos não estão indo bem nos estudos. E muitos
jogam a culpa nos professores para justificar sua falta de compromisso, achando
que cabe à escola e aos professores a tarefa de educar nossa juventude.
O papel da
escola é preparar o jovem técnica e intelectualmente para o mercado de trabalho.
Educar é função da família, esta instituição cada vez mais fadada ao abandono e
à morte.
Os da minha
geração estão despedindo-se desse mundo sem ter conseguido resgatar os valores
morais e éticos que antes eram marcantes na formação do caráter do cidadão.
Essa geração de
pais e filhos que se formou nos últimos anos está irremediavelmente perdida? Talvez
ainda exista um resquício de esperança.
Mas enquanto os
pais com seus corpos tatuados e cheios de adereços, com suas mentalidades de
que tudo é permitido, não tiverem coragem e vontade de mudar certos conceitos,
e educarem seus filhos para um encontro mais íntimo com alguma religião que os
aproximem de Deus, a vida irá ficando cada vez mais difícil de ser vivida.
Cada um formata
sua maneira de viver do jeito que lhe convier. Mas é preciso entender que a
sobrevivência deve ser pautada na busca da felicidade, respeitando o direito de
cada pessoa, tendo noção exata de que o meu termina quando começa o do outro.
Mas parece que
este não é o motivo que move a maioria da população.
O mundo está
cheio de pessoas infelizes que vivem de mal com a sociedade, com a igreja, com
Deus, e consigo mesmas.
Será que a
busca por essa tal felicidade tem um caminho recheado de segredos? Alguns acham
que ela mora no poder, outros que ela vem com a riqueza. Há os que acreditam
que ela mora em uma viagem sem volta pelo mundo das drogas. Tem os que
acreditam que a encontrarão na beleza do corpo e nas luzes artificiais dos
holofotes da fama.
Uns poucos
afortunados descobriram que ela reside nas coisas simples que nos foram
mostradas nos ensinamentos do Criador, que mesmo às vezes não sendo entendidas,
ainda é o remédio para muitas dores.
Eu não tenho a
receita da felicidade.
Ninguém tem!
Ela é pessoal e
individualizada. Cada um deve procurar o caminho mais fácil ou o mais tortuoso
para encontrá-la. E essa busca é fundamental e precisa ser constante. O dia que
deixarmos de procurá-la certamente estará será a hora de nos encontrarmos
com o Criador.
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