No lugar da água,
uma coisa pastosa nem de longe faz lembrar que naquele local as crianças
brincavam livremente, as lavadeiras lavavam suas roupas, e os adultos pescavam
peixes que eram saboreados em família.
O que restou desta
água pura e fonte de vida nos mostra uma natureza teimosa, ainda acreditando
que o homem vai mudar hábitos de destruição e voltar a conservar aquilo que
nunca deveria ter sido destruído.
Muito do que foi
destruído poderia ter sido preservado.
Margeando o antigo
rio, uma obra faraônica com projeto de engenharia superdimensionado dá
continuidade a uma das principais avenidas da cidade, porém em uma área sem
grande movimento, e longe do centro.
Não levaram em
consideração a agressão ecológica e o impacto na qualidade de vida das futuras
gerações. A extração de areia com a aprovação ou com a conveniência política a
troco de voto, veio para completar de vez a degradação da área, e tirar a vida
de arvores que resistiam ao tempo que foi menos implacável que o homem.
E o interessante é
que os boatos na cidade revelam que os terrenos ao lado da pista são de
propriedade dos políticos influentes da cidade.
E é isso que me
enche de tristeza, ver o meio ambiente ser agredido simplesmente para fomentar
a sede de poder de pessoas gananciosas. Isso acontece a todo momento em
qualquer lugar desse imenso país onde tudo é destruído sem nenhuma preocupação
com o futuro dos nossos filhos e netos.
Estamos deixando
uma herança maldita para nossos jovens que terão que dizer não à destruição da
fauna e da flora, e consertarem esta herança maldita que estamos deixando.
Se os jovens desse
país da corrupção não tomarem uma postura de luta contra os crimes ecológicos,
um futuro de morte pode chegar mais cedo do que se imagina.
Se os jovens
brasileiros não tomarem uma postura de luta contra a corrupção que tudo destrói,
e não empunharem a bandeira da ecologia para colocar um basta no enriquecimento
ilícito de muitos políticos inescrupulosos, a vida deles vai ficar insustentável.
E nosso país será sempre a moradia de miseráveis, e continuará sendo de
terceiro mundo.
Ainda dá tempo.
Basta querer
lutar.
E não ter medo de
colocar a cara a tapa para preservar a natureza e a dignidade do ser humano.
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